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Líder da Estamparia Adalberto rende Melo na presidência dos têxteis
Mário Jorge Machado, administrador da empresa de Santo Tirso que fatura 30 milhões, é o novo presidente da principal associação da indústria têxtil e de vestuário, apontando à "regeneração do tecido empresarial".
O bracarense Mário Jorge Machado, 57 anos, é o novo presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), substituindo Paulo Melo, administrador da Somelos, que ocupou o cargo nos últimos três anos.
A ascensão do administrador da Estamparia Adalberto à liderança da associação empresarial – no último mandato era vice-presidente – foi confirmada nas eleições realizadas esta quarta-feira, 31 de julho, a que se apresentou uma lista única com o tema "Regenerar o setor, ganhar o futuro".
Isabel Furtado (TMG) e Miguel Pedrosa Rodrigues (Pedrosa & Rodrigues) ascendem à vice-presidência da associação sediada em Famalicão. Já Eduardo Moura Sá (Idepa) e António Falcão (Têxtil António Falcão) mantêm-se à frente da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal, respetivamente, até 2021.
Filho dos proprietários dos Móveis Machado, Mário Jorge formou-se em Engenharia de Polímeros na Universidade do Minho. Casado com a herdeira da Estamparia Adalberto, que em 2018 faturou 30 milhões de euros e emprega 380 pessoas, foi um dos gestores têxteis agraciados por Cavaco Silva com a Comenda de Mérito Industrial antes de sair da Presidência da República, em 2015.
"O grande desígnio do próximo mandato será a regeneração do tecido empresarial, promovendo a sua modernidade e preparando-o para os desafios da próxima década. Numa conjuntura marcada por novos fenómenos – como a digitalização, automação e economia circular – não se pode confiar nas soluções do presente e menos ainda do passado para responder eficazmente aos problemas que o futuro nos está a colocar", lê-se na nota de imprensa divulgada pela ATP.
Em 2018, a indústria portuguesa do têxtil e do vestuário registou o nono ano consecutivo de crescimento nas exportações, com a diversificação de mercados e o impulso de Itália a contrariarem o efeito negativo da Inditex e do Brexit e a contribuírem para um novo máximo de vendas ao exterior de 5.314 milhões de euros.