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Exportações de têxteis afundam 12,7% em junho
O setor português de têxteis e vestuário fechou junho com uma quebra súbita homóloga de 12,7% nas exportações, fechando o primeiro semestre com um resultado acumulado inferior em 1,6% face há um ano, para 2,684 mil milhões de euros.
A queda das exportações de têxteis e vestuário em junho, face ao mesmo mês do ano passado, foi bastante superior aos 8,3% registados pelo país a nível global.
Segundo os dados do INE divulgados esta sexta-feira, 9 de agosto, as vendas deste setor ao exterior em junho foram 12,7% inferiores às verificadas há um ano, uma performance negativa que levou a fileira a fechar o primeiro semestre deste ano com um resultado acumulado inferior em 1,6% face ao mesmo período do ano passado, para 2,684 mil milhões de euros.
A Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) dá conta, em comunicado, que os produtos que mais contribuíram para este resultado negativo foram o vestuário e acessórios de malha, com menos 33 milhões de euros gerados no exterior no primeiro semestre, o que se traduziu numa quebra homóloga de 2,9%.
Outros artigos têxteis confecionados, entre os quais se incluem têxteis para o lar, exportaram menos 16 milhões de euros (recuo de 4,9%) e as matérias primas de algodão, como fios e tecidos, menos 11 milhões de euros (quebra de 11,7%).
"A compensar estes resultados negativos", relata a ATP, estiveram as pastas, feltros e artigos de cordoaria, os produtos que registaram maior crescimento absoluto neste semestre, com um acréscimo de 14 milhões de euros (mais 9,7%), seguidos do vestuário e acessórios em tecido, que exportaram mais 12 milhões de euros (crescimento de 2,6%).
A taxa de cobertura da balança comercial dos têxteis e vestuário tem agora um saldo de 491 milhões de euros, o que traduz uma taxa de cobertura das importações pelas exportações de 122%.