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Hollande fala em possível nacionalização da fábrica da ArcelorMittal
A nacionalização está entre as opções oferecidas por Hollande ao CEO do maior grupo de siderurgia do mundo, Lakshmi Mittal. O presidente francês deu até 1 de Dezembro para que o grupo encontre um comprador para a fábrica que detém no país. Em causa estão mais de 600 postos de trabalho.
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O presidente francês, François Hollande, apresentou várias opções ao CEO da ArcelorMittal, Lakshmi Mittal para salvar a sucursal francesa da maior siderúrgica do mundo. A nacionalização da fábrica terá sido uma das hipóteses avançadas por Hollande, segundo a agência Bloomberg.
Hollande pediu a Mittal, numa reunião realizada ontem no Palácio do Eliseu, para continuar as conversações com o governo até 1 de Dezembro. Este foi o prazo estipulado para que Lakshimi encontre um comprador para a fábrica, explicou Hollande num comunicado, de acordo com a agência norte-americana.
“Assegurar a continuidade das operações” da siderúrgica foi um dos objectivos anunciados por Hollande na conferência de imprensa que antecedeu a reunião com o CEO indiano. O presidente francês esclareceu que a possibilidade da nacionalização se cingiria àquela fábrica e não a todo o grupo indiano.
O ministro da Indústria francês, Arnaud Monteburg, foi o primeiro a mencionar a possibilidade da nacionalização. Em declarações a uma publicação francesa “Les Echos”, Monteburg disse “não queremos mais Mittal em França” e acusou o CEO da empresa de estar a recuar na sua promessa de proteger os trabalhadores.
“A palavra nacionalização não tinha sido usada em França desde o presidente François Mitterrand nos anos 80. A legitimidade aqui é que há empregos que eles querem salvar”, explicou Yves Marcais da Global Equities à agência Bloomberg.