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Exportações têxteis registam melhor resultado desde início da crise

O vestuário de malha e tecido continua a ser o principal produto exportado pela indústria portuguesa, que em 2013 aumentou 3,5% as vendas ao exterior face ao ano anterior. As importações aumentaram a um ritmo superior.

"O empresário tem de ir de novo para a escolinha"
10 de Fevereiro de 2014 às 18:52
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A indústria portuguesa do têxtil e vestuário bateu no ano passado um novo recorde nas exportações desde o início da crise. Segundo os dados avançados esta segunda-feira pela associação do sector (ATP), as empresas exportaram um total de 4.257 milhões de euros para 184 países dos cinco continentes.

 

Os dados divulgados pelo INE são ainda provisórios, mas antecipam um crescimento de 3,5% face ao ano anterior. E registam assim o melhor resultados dos últimos cinco anos em termos de vendas ao exterior, como sublinhou Paulo Vaz, o director geral de um sector que tem vindo a recuperar nos últimos anos algum fulgor perdido desde o início da década de 1990, quando empregava 350 mil pessoas – o que compara com os actuais 136 mil empregos directos.

 

“Com um peso de 18%, os países não comunitários foram os que registaram, em média, melhores desempenhos, tendo as exportações para estes mercados crescido quase 9%”, destacou o responsável. Em termos absolutos, o destaque vai para o aumento das vendas no Reino Unido (mais 47 milhões de euros), nos Estados Unidos (mais 21 milhões de euros) e na Tunísia e Espanha, que compraram ambos mais 14 milhões de euros de mercadorias portuguesas.

 

O vestuário (malha e tecido) continua a ser o principal produto vendido no estrangeiro, representando perto de 60% do total. Matérias-têxteis (entre as quais as fibras, fios, tecidos e têxteis para usos técnicos (25% do total) e têxteis-lar e outros artigos têxteis confeccionados (15% do total) completam o ranking por produto. Este último segmento obteve mesmo um crescimento acima de 9%, destacou o director-geral da ATP.

 

O têxtil e vestuário fechou o ano com um saldo positivo de 1.005 milhões de euros na balança comercial – com uma taxa de cobertura de 1,3 –, já que as importações de artigos têxteis e vestuário ascenderam a 3.251 milhões de euros. No ano passado, as compras ao exterior aumentaram 7,3%, uma percentagem superior à progressão das exportações, com Paulo Vaz a frisar que, “apesar do momento que atravessa a economia portuguesa”, metade das importações dizem respeito a artigos de vestuário, que obtiveram uma procura 4,2% superior à que tivera no ano transacto.

 

Segundo os dados avançados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas, as exportações de bens em Portugal cresceram pelo quarto ano consecutivo em 2013 (4,6%), embora ao rimo mais lento deste períodoenquanto as importações voltaram a crescer depois da queda acima de 5% em 2012.

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