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Estudo ambiental de mina de lítio em Boticas em consulta pública até 2 de junho

O estudo de impacte ambiental (EIA) do projeto da Savannah para a exploração de lítio na mina do Barroso, em Boticas, inclui 238 medidas de minimização dos impactes.

22 de Abril de 2021 às 17:49
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O Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da Mina do Barroso, no concelho de Boticas, entra esta quinta-feira, 22 de abril, em consulta pública, que decorrerá até 2 de junho, informou a Savannah, empresa que tem o projeto para a exploração de lítio na mina.

A consulta pública ocorre após a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) ter declarado, a 16 de abril, a conformidade do EIA, que inclui 238 medidas de minimização "para eliminar, mitigar ou minimizar os impactes".

No final do período de consulta pública, a APA irá pronunciar-se e emitir a Declaração de Impacte Ambiental (DIA).

A Savannah indica que prevê receber a DIA em agosto e, dependente dos resultados do EIA, iniciar a construção em 2022 e começar a produção comercial no ano seguinte.

"Durante o debate público, todos os interessados poderão rever e pronunciar-se sobre os planos da Savannah para a Mina do Barroso e de como serão geridos os impactes nas diversas fases do projeto: construção, operação, reabilitação ambiental e o encerramento da mina", assinala a empresa.

"Temos plena consciência dos impactes ambientais e sociais das nossas atividades, desde o projeto até a reabilitação e encerramento da mina", diz David Archer, CEO de Savannah, citado no comunicado.

"Proteger o meio ambiente, a segurança e o bem-estar dessas comunidades são as nossas principais preocupações e uma parte essencial do nosso cuidado com as gerações futuras. Isso é destacado por 238 medidas de minimização individuais contidas no EIA que são projetadas para eliminar, mitigar ou minimizar os impactes, por um Plano de Partilha de Benefícios e um Plano de Boa Vizinhança, que se esforçam para apoiar e beneficiar as comunidades locais através do patrocínio de projetos locais comunitários significativos e relevantes", acrescenta.

O CEO da Savannah refere ainda que "o projeto foi desenhado para ter uma pegada baixa de C02 com o uso de energia renovável abundante localmente, como eólica e hídrica e, a médio prazo, temos como objetivo as emissões NetZero de C02".

A Savannah detalha que "cerca de 15 milhões de euros serão investidos em medidas especificamente concebidas para eliminar ou mitigar potenciais impactes ambientais relacionados com a qualidade do ar e da água, os níveis de ruído e vibração, o tráfego, a qualidade dos solos, a gestão de resíduos e a reabilitação de terrenos". E, assinala, está também previsto um "Plano de Partilha de Benefícios, desenhado pela Savannah, que prevê a criação de uma fundação comunitária, para o qual a empresa doará 500.000 euros/ano (6 milhões no total da vida útil da mina), com o intuito de partilhar com as comunidades envolventes os benefícios do projecto da Mina do Barroso". 

A empresa destaca que o projeto de exploração de feldspato litinífero e subsequente produção de concentrado de espodumena permitirá a criação de 215 empregos diretos e entre 500 e 600 empregos indiretos.

"A Mina do Barroso é atualmente o projeto mais significativo para a produção de espodumena de lítio na Europa Ocidental. Com uma capacidade anual de produção de lítio prevista, suficiente para abastecer cerca de 500 mil veículos elétricos", conclui.

Esta semana a Savannah Resources indicou que lançou um aumento de capital para angariar cerca de 11,9 milhões de euros, que serão canalizados quase totalmente para o projeto em Boticas.
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