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Savannah anuncia que acordo com a Galp para explorar mina do Barroso expirou

A Savannah Resources revelou esta terça-feira que o acordo de princípio assumido com a Galp em janeiro expirou. As duas empresas vão manter as "discussões comerciais" relativas à exploração de lítio na mina do Barroso.

O presidente executivo da Savannah, David Archer, está confiante que o estudo de impacto ambiental para a exploração de lítio em Boticas vai ter luz verde.
Bruno Colaço
01 de Junho de 2021 às 16:17
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O acordo de princípio, assinado em janeiro, entre a Savannah Resources e a Galp, já não é válido. A empresa de origem britânica, que detém os direitos de exploração da mina do Barroso, em Boticas, anunciou esta terça-feira, em comunicado, que o acordo expirou. 

O acordo previa que a Galp Energia passasse a ser detentora de 10% do capital da subsidiária portuguesa da Savannah que detém a concessão da Mina do Barroso, por 6,4 milhões de dólares. O montante deveria financiar o estudo de viabilidade da exploração da Mina do Barroso. 

No entanto, ao fim de cinco meses, o acordo ficou sem efeito, anunciou a Savannah. Ainda assim, a empresa garante que "as discussões em relação a investimento estratégico e a fornecimento vão continuar com a Galp, fora dos termos de exclusividade do acordo de princípio". 


Na mesma nota, a empresa liderada por David Archer refere que tem registado um "interesse crescente" na Mina do Barroso, tanto por parte de compradores do minério como por parte de possíveis investidores. 


"O mercado do lítio está a ser forte este ano, o que tem resultado no aumento do interesse por parte de grupos que pretendem fazer um investimento estratégico no projeto da Savannah, com ou sem um acordo de venda de espodumena de lítio", ressalva o comunicado. 

Citado na mesma nota, o CEO da empresa, David Archer, sublinha que "o crescente interesse comercial que o projeto tem recebido reflete a mudança de dinãmica que o setor vive desde o final de 2020".

A procura por concetrado de espodumena "mantém-se robusta" apesar da pandemia, assegura. Isto porque a quantidade atual da matéria existente do mercado já não responde à procura, que deverá "aumentar múltiplas vezes ao longo da próxima década". Desde o início do ano, acrescenta o responsável, o preço do concentrado de espodumena de lítio aumentou 80%. 

"Em suma, o mundo precisa de novas fontes de lítio, tal como é demonstrado pelos 3,5 mil milhões de dólares investidos no setor desde o início do ano", detalha. 

Apesar do fim do acordo de exclusividade com a Galp, David Archer assegura que está, neste momento, a "avaliar as suas inúmeras opções estratégicas". A empresa pretende "alavancar o abundante interesse" que tem recebido para "assegurar os melhores acordos comerciais" para o projeto. 

"Isto vai assegurar que a Mina do Barroso terá as bases económicas e os parceiros necessários para atrair o financiamento necessário para construir o projeto, assim que estiver finalizado e aprovado". Este processo, explica a empresa, poderá incluir a assinatura de contratos de venda alternativos ou "na venda de uma parte do projeto da Mina do Barroso", admite a empresa. 

Em abril, a Savannah anunciou um aumento de capital de 12 milhões de euros, com o objetivo de acelerar o projeto da exploração de lítio em Boticas. Com a Galp fora, a empresa refere que esta operação permite que a Savannah avance de forma independente para a conclusão do estudo de viabilidade definitiva do projeto. 

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