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Empresa de Aveiro equipa hospital russo dedicado à covid-19

Aproveitando a presença em Moscovo, onde tem uma fábrica de componentes desde 2016, a OLI foi escolhida para instalar os autoclismos interiores e as estruturas de bidé no novo centro hospitalar de doenças infecciosas.

05 de Junho de 2020 às 11:48
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A OLI ganhou um contrato para o fornecimento dos autoclismos interiores com placas de comando "slim" e estruturas de bidé para um novo hospital nos arredores de Moscovo, que esta semana começou a receber doentes infetados com covid-19.

 

Segundo a exportadora de Aveiro, que em 2019 faturou 60 milhões de euros, este centro hospitalar russo dedicado ao novo coronavírus e outras doenças infecciosas arrancou com um total de 554 camas, divididas por dois edifícios.

 

Esta sexta-feira, 5 de junho, a Rússia confirmou 8.726 novos casos de covid-19, o que aumenta para 449.834 o número de infetados desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas registou mais 144 mortes, totalizando agora 5.528 vítimas no país.

 

Presente naquele mercado desde 2015 através de uma filial comercial, foi ali que no ano seguinte a OLI instalou a primeira fábrica fora de Portugal para produzir mecanismos fornecidos diretamente aos fabricantes locais de cerâmica, e outros produtos para o setor que abastecem também os países do leste europeu.

 

A desvalorização do rublo, os custos logísticos e os constrangimentos alfandegários foram os fatores que justificaram o investimento nessa unidade industrial, onde prevê "a curto prazo" iniciar a produção de autoclismos interiores. Volvidos quatro anos, a operação na Rússia emprega 35 pessoas, vale vendas de três milhões de euros e ajuda a conquistar estas obras de prescrição.

 

Inovar na água e no design

 

O presidente do grupo, António Oliveira, sublinha que a conquista deste novo projeto hospitalar "reflete a confiança que a marca tem conquistado a nível internacional, seja em projetos de saúde ou de hotelaria e de imobiliário de referência".

 

"Graças ao investimento contínuo em inovação, conseguimos colocar no mercado produtos diferenciadores ao nível da sustentabilidade hídrica, da higiene e da inclusão", acrescenta o empresário, citado numa nota de imprensa.

 

Com vendas para 80 países a partir de Portugal, onde emprega 431 pessoas e produz anualmente 1,9 milhões de autoclismos e 2,8 milhões de mecanismos, a OLI, que nasceu há 66 anos para comercializar ferragens e produtos para canalizações, conta também com uma filial na região da Lombardia, no norte de Itália.

Moldes dão suporte a viseiras para hospitais

A OLI está a produzir em Aveiro um suporte de viseira para proteger os profissionais de saúde no tratamento do novo coronavírus, tendo arrancado no início da abril com o fabrico de 20 mil unidades por semana, para serem doadas a hospitais da região Norte, do Centro e da zona de Lisboa. Respondendo ao desafio de produzir este material em condições e quantidades industriais, que lhe foi feito pela Erising e pelo INEGI (Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial da Universidade do Porto), a produtora adaptou para a tecnologia de injeção de plástico o design criado por um projeto colaborativo.

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