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Durão Barroso diz a trabalhadores dos ENVC que cabe a Governo apresentar solução

O presidente da Comissão Europeia disse hoje, em Bruxelas, a trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) que cabe ao Governo português apresentar uma solução, de preferência que preserve os postos de trabalho.

Reuters
28 de Janeiro de 2014 às 20:55
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Durante uma cerimónia de apresentação de um livro na representação diplomática de Portugal junto da União Europeia, Durão Barroso aceitou conversar largos minutos com membros da comissão de trabalhadores dos Estaleiros, que se deslocaram a Bruxelas e marcaram presença no evento, e depois de escutar as suas queixas garantiu-lhes que "a Comissão Europeia não se opõe aos ENVC", mas é ao Governo português que cabe apresentar uma solução.

 

"Até agora o Governo português não me fez chegar nenhuma posição oficial sobre isto. O que eu sei da parte do governo é o que vejo na imprensa, e confesso que na imprensa vejo tanta coisa diferente...", afirmou, dirigindo-se aos trabalhadores, que pouco antes haviam estado reunidos com responsáveis do executivo comunitário, que continua a analisar as ajudas estatais prestadas aos estaleiros.

 

Sublinhando repetidamente que, enquanto presidente da Comissão, não pode chamar a si a gestão do caso, até porque, insistiu, "este é um assunto que está a ser gerido em Portugal pelo Governo português, e é o Governo português que tem que apresentar às autoridades comunitárias as soluções que tem, no caso de ter", Durão Barroso lembrou todavia o papel mediador que o seu executivo já teve em vários casos, tendo nalguns sido encontrado soluções satisfatórias, como nos estaleiros espanhóis ou de Gdansk (Polónia), onde chegou a falar com cinco primeiros-ministros.

 

"Não posso ser eu, para falar com franqueza, a dizer ao comissário (da Concorrência, Joaquin) Almunia, de quem sou muito amigo, «ouve lá, resolve este assunto, porque são amigos meus lá em Portugal. Não. O que eu tenho é que dizer vamos resolver o assunto de acordo com as regras. E aí estamos num processo em que tem que ser o Governo, as autoridades portuguesas, a apresentarem soluções", frisou.

 

Durão Barroso disse que irá "politicamente chamar a atenção do comissário Almunia" para o problema, reiterando que Bruxelas nada tem contra os Estaleiros, cabendo-lhe apenas garantir que as regras comunitárias são respeitadas.

 

"Há sempre possibilidades de negociação (...) A Comissão Europeia está neste momento a estudar o processo e espero e desejo que obviamente a solução encontrada permita a viabilização dos postos de trabalho, mas não depende de nós; depende de Portugal (...) apresentar uma solução que seja compatível com as regras comunitárias. Isso noutros casos foi possível, houve outros casos em que também não foi possível", sintetizou.

 

A "reunião" improvisada dos trabalhadores dos Estaleiros de Viana com o presidente da Comissão ocorreu depois de Durão Barroso participar na apresentação da tradução, para inglês, da obra de Abel Salazar "A Crise da Europa", escrito em 1942.

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