A Portucel aumentou as suas vendas para fora da Europa em mais de 40 mil toneladas no primeiro semestre do ano, consequência da estratégia adoptada, que passou por "tirar partido do efeito da taxa de câmbio", explicou Diogo da Silveira, CEO da produtora de pasta e papel ao Negócios, esta quarta-feira.

Explicando que o grupo vende a totalidade da sua produção e tem mais encomendas do que consegue dar resposta, o responsável explicou que, apesar de "não controlarmos o efeito da taxa de câmbio, privilegiamos as encomendas para países em dólares".

Pelo contrário, para a Europa as vendas da empresa recuaram, afirmou Diogo da Silveira, explicando que o grupo sofreu, por outro lado, efeitos negativos da valorização do dólar, como aconteceu com a compra de fibra, de madeira da América do Sul ou de químicos, que são pagos na moeda norte-americana.

O grupo continuou nestes seis meses a exportar para 131 mercados, explicando o CEO que foi reforçada a presença em muitos desses mercados.

A Portucel anunciou esta quarta-feira, 26 de Agosto, um resultado líquido de 100,5 milhões de euros até Junho, mais 10,9% do que no mesmo período de 2014.