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Bosch em Portugal: fatura 2 mil milhões, emprega 6.600 pessoas e vai investir mais 200 milhões
Presente desde 1911 em Portugal, onde tem fábricas em Braga, Ovar e Aveiro, a que acresce um centro de serviços em Lisboa, o grupo germânico é um dos maiores empregadores e exportadores do país.
O grupo Bosch fechou 2022 com uma faturação que ultrapassou os dois mil milhões de euros em Portugal, o que traduz um crescimento de cerca de 17% em relação ao ano anterior, com as exportações a representarem 97% das vendas totais.
Uma cifra que inclui vendas de empresas não consolidadas e serviços internos a empresas parceiras, tendo o mercado português registado receitas consolidadas de 364 milhões de euros, mais 5,5% do que em 2021.
"2022 foi um ano muito positivo para a Bosch em Portugal. Superámos pela primeira vez os 2 mil milhões de euros em faturação, com todas as localizações em Portugal a evoluírem positivamente e a contribuir para a consolidação dos nossos negócios, reforçando Portugal como um dos principais países na Europa para o Grupo Bosch", afirma Javier González Pareja, presidente do grupo Bosch em Portugal e Espanha, em comunicado.
Por sua vez, Carlos Ribas, responsável da Bosch em Portugal e administrador técnico da Bosch em Braga, realça o crescimento fulgurante registado nos últimos anos: "Há cinco anos estávamos nos 1,5 mil milhões de euros de faturação, e este ano registamos o melhor resultado de sempre."
Por áreas de negócio, a de soluções de mobilidade, apesar de continuar "a sentir o impacto da escassez de componentes eletrónicos no mercado", registou em 2022 um aumento de 28% no volume de vendas face ao ano anterior, enquanto a faturação do segmento de energia e tecnologia de edifícios cresceu 13% e a de bens de consumo 11%.
No final de 2022, a empresa contava com 6.584 trabalhadores em Portugal.
"Prevemos continuar a crescer e a recrutar de forma transversal em Portugal"
Entretanto, "apesar de um ambiente económico e social que continua exigente", a Bosch revela que irá continuar a expandir as suas instalações em Portugal, anunciando um investimento de mais de 100 milhões em infraestruturas, dando também continuidade aos projetos de I&D desenvolvidos em parceria com as universidades portugueses nas localizações do grupo no país
"Considerando os custos de Investigação e Desenvolvimento, o investimento previsto para 2023 deverá chegar a cerca de 200 milhões de euros em Portugal", avança a Bosch, que tem fábricas em Braga, Ovar e Aveiro, a que acresce um centro de serviços em Lisboa.
"Prevemos continuar a crescer e a recrutar de forma transversal nas nossas localizações, e a reforçar o papel da Bosch como dinamizadora da economia nacional e da criação de valor e emprego no país", afiança Carlos Ribas.
Presente em Portugal desde 1911, a Bosch mantém, assim, a sua posição como um dos maiores empregadores e exportadores no país, com mais de 50 países em todo o mundo a importar soluções produzidas em Aveiro, Braga e Ovar, e serviços prestados desde Lisboa para o mundo.
Números que representam 1,7% do total de exportações do país, o que se reflete no impacto de 0,87% do PIB de Portugal.
Em termos globais, o grupo Bosch emprega 421 mil pessoas e fechou 2022 com uma faturação de 88,2 mil milhões de euros, mais 12% do que no ano anterior, ambicionando um crescimento de vendas entre 6% e 9% em 2023.