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Bosch vai investir 100 milhões na fábrica de Aveiro após vender a de Ovar

Sete dias depois de ter anunciado que planeia a venda da maior parte do negócio de produtos da divisão Building Technologies, que afeta a unidade ovarense, onde emprega 1.200 pessoas, o grupo alemão revela agora que vai aumentar a produção de bombas de calor na fábrica aveirense.

02 de Novembro de 2023 às 09:29
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26 de outubro de 2023: "A empresa planeia vender a maior parte do negócio de produtos da divisão Building Technologies, incluindo as unidades de negócios de Vídeo, Acesso e Intrusão e Comunicação. Esta decisão irá afetar cerca de 4.300 colaboradores em mais de 90 localizações em todo o mundo, incluindo cerca de 1.200 colaboradores em Ovar."

 

2 de novembro de 2023: "As bombas de calor são um componente fundamental de edifícios neutros em carbono. Por essa razão, a Bosch está consistentemente a seguir a sua estratégia de longo prazo e a investir na expansão da sua capacidade de desenvolvimento e produção de bombas de calor. Nesse sentido, a empresa acaba de anunciar a expansão da sua localização em Aveiro, com um investimento de cerca de 100 milhões de euros até 2026."

No espaço de uma semana, o grupo alemão anuncia duas decisões estruturantes que afetam a sua operação em Portugal, onde está presente desde 1911, com fábricas em Braga, Ovar e Aveiro, a que acresce um centro de serviços em Lisboa, empregando mais de 6.600 pessoas no nosso país, tendo a subsidiária lusa fechado o último ano com uma faturação superior a dois mil milhões de euros.

  

Relativamente ao novo investimento de 100 milhões de euros na fábrica de Aveiro, "estes fundos serão destinados a novos laboratórios, dois edifícios e linhas adicionais de produção de bombas de calor", detalha o grupo germânico, em comunicado, adiantando que, "a médio prazo, a Bosch planeia também aumentar em várias centenas o número de colaboradores desta unidade".

Aquando do anúncio da venda do negócio que inclui a fábrica de Ovar, Carlos Ribas, representante da Bosch em Portugal, garantia que "a decisão tomada pela Bosch nada tem que ver com o desempenho do negócio ou dos colaboradores, mas antes com a estratégia da empresa para o futuro", afiançando que o grupo "continuará a investir em Portugal e a trazer para o país desenvolvimento e produção de tecnologias-chave para a empresa".

 

Sete dias depois, a casa-mãe chega-se à frente e firma a garantia dada por Ribas.

Investimento de 1.000 milhões na produção de bombas de calor até 2030

A Bosch explica que, "em conjunto com Eibelshausen na Alemanha e Tranås na Suécia, Aveiro é um elemento importante da rede europeia de desenvolvimento e produção de bombas de calor", pelo que "investirá um total de mais de mil milhões de euros na expansão desta rede até o final da década".

 

"Estamos a investir agora no desenvolvimento e fabricação das nossas bombas de calor para garantir que podemos aumentar a produção ao ritmo necessário. A Bosch tem como objetivo ocupar uma posição de liderança no mercado internacional de bombas de calor, é por isso que estamos gradualmente a expandir as nossas atividades nesta área", afirma Christian Fischer, vice-presidente do conselho de administração da Bosch, responsável pelos setores de Energia e Tecnologia de Edifícios e Bens de Consumo da empresa.

 

"A Bosch está a seguir uma estratégia de longo prazo para a sua divisão de Home Confort. Queremos que as nossas soluções de produtos sustentáveis ajudem os consumidores a viver um estilo de vida confortável e amigo do ambiente", enfatiza.

 

A Bosch Home Comfort tem vindo a desenvolver e produzir tecnologias para o aquecimento de água em Aveiro há muitos anos, localizando-se também nesta unidade o centro de desenvolvimento de bombas de calor para o sul da Europa.

 

"Além disso, a unidade de Aveiro irá fabricar as unidades exteriores e as unidades interiores para as bombas de calor Compress 5800i AW e Compress 6800i AW da próxima geração, que são particularmente silenciosas, e que utilizam o refrigerante ecológico propano", descreve a Bosch, realçando que "a experiência adquirida na produção de esquentadores pode contribuir para este processo".

 

Ainda segundo o grupo alemão, estas duas bombas de calor "foram desenvolvidas em conjunto por várias equipas de Wernau (Alemanha) e Aveiro, e são produzidas numa rede de fabricação que inclui Aveiro, Eibelshausen e Tranås".

 

O grupo Bosch fechou 2022 com uma faturação de 88,2 mil milhões de euros e um efetivo de cerca de 421 mil pessoas.

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