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Automóvel, metal e plástico suportam vendas da indústria
Em 2015, as vendas da indústria portuguesa cresceram 1,6% em termos homólogos, com a quebra do crude a impedir uma subida mais significativa. O ramo alimentar continua a liderar o ranking, valendo 13,5% do total.
A venda de produtos e serviços na indústria atingiu os 77,3 mil milhões de euros em 2015, o que representou uma subida de 1,6% face ao ano anterior. As estatísticas sobre a produção industrial foram publicadas esta segunda-feira, 21 de Novembro, pelo INE, com base nos dados do Inquérito Anual à Produção Industrial.
O sector automóvel – através do fabrico dos veículos e de componentes, que cresceram 15,3% em relação ao período homólogo – foi o que mais contribuiu para o crescimento da actividade global no ano passado. É o terceiro no ranking das vendas industriais portuguesas, com os 6.625 milhões de euros a pesarem 8,6% do total.
Também os aumentos registados na fabricação de produtos metálicos (5,8%) e de artigos de borracha e matérias plásticas (6,2%) deram os "contributos positivos mais significativos", ocupando, respectivamente, o quarto e sétimo posto na lista de venda de produtos e prestação de serviços na indústria.
Por outro lado, o recuo de 11,7% na fabricação de produtos petrolíferos refinados foi a principal responsável pelo facto da indústria portuguesa não ter registado uma progressão mais acelerada." Esta evolução reflectiu a redução dos preços nos mercados internacionais do petróleo bruto (crude), sendo de recordar que o índice de valor unitário das importações de produtos petrolíferos registou uma variação de -26,1% em termos anuais, face a 2014", assinala o INE.
É que, se fosse excluída essa divisão dos produtos petrolíferos refinados – que, ainda assim, é a segunda principal na lista nacional, pesando quase 10% do total –, o valor calculado da produção das restantes actividades industriais teria aumentado 3,3% no ano passado, em relação ao exercício anterior.
O quadro divulgado pelo INE mostra que as indústrias alimentares mantêm a liderança no ranking das vendas, tendo registado um aumento de 0,9% em 2015, para 10.400 milhões de euros. Pesam 13,5% no total. Já a maior queda, logo a seguir aos produtos petrolíferos refinados, foi registada na comercialização de produtos químicos e fibras sintéticas (-6%), que fecha o "top 5" dos campeões de vendas na indústria.