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Metade dos agentes imobiliários não comprou nem vendeu casas durante o confinamento
Um inquérito da Imovirtual mostra a paralisação da atividade nos meses de março e abril, tanta na procura como na oferta de imóveis. Os preços vão descer e o arrendamento de longa duração vai ganhar peso nas transações.
A pandemia de covid-19 paralisou a maioria dos setores de atividade em Portugal durante os meses de março e de abril e a área do imobiliário parece não ter sido exceção: só metade (51%) dos profissionais conseguiu realizar transações durante este período.
As conclusões são de um inquérito sobre o impacto causado pela covid-19 realizado pela plataforma Imovirtual, a que responderam 476 pessoas de várias regiões do país. A maioria (42%) declarou ter feito "poucas transações" nos últimos meses (42%) e apenas 1% referiu ter aumentado a performance.
Estes dados vão de encontro aos dados que tinham sido recolhidos na semana passada pelo site Idealista, com três em cada 10 agências imobiliárias a referirem então ter capacidade financeira para suportar mais um mês de portas fechadas devido às restrições impostas pelo combate ao novo coronavírus.
Segundo os resultados divulgados pela Imovirtual, a diminuição da procura (65%) foi ligeiramente superior à redução do número de pessoas interessadas em vender os seus imóveis (59%). Ainda assim, só pouco mais de um terço dos profissionais inquiridos recorreu a medidas de apoio, como o "lay-off", a moratória no crédito, a suspensão de pagamento de obrigações fiscais ou as linhas de crédito.
E como será o mercado daqui para a frente? A maioria dos profissionais (56%) acredita numa descida de até 25% dos preços de imóveis nos próximos três meses, após terem registado um crescimento recorde em 2019. Em termos de categorias, 72% dos clientes profissionais do portal imobiliário do grupo OLX antecipa uma queda acentuada no arrendamento de curta duração e 43% um aumento forte no mercado de longa duração.