Notícia
Venda de casas cai 5% no primeiro trimestre
A zona metropolitana de Lisboa foi aquela onde se venderam mais casas e onde o preço do metro quadrado é mais caro.
No primeiro trimestre de 2020 foram vendidas 44.850 casas em Portugal continental, ou seja, menos 5% do que no trimestre anterior, estima a Confidencial Imobiliário.
Durante os primeiros três meses, contudo, o tempo médio de venda da habitação não se alterou, tendo-se mantido estável nos seis meses ao longo do último ano.
A maioria das vendas, isto é cerca de um terço, concentrou-se na área metropolitana de Lisboa, onde foram compradas 14.730 casas. Seguiu-se a zona centro que, pela sua extensão, registou quase um quarto das vendas trimestrais. Na área metropolitana do Porto foram transacionadas 15% do total de casas vendidas.
Quanto aos preços, a média do trimestre cifrou-se nos 1.734 euros por metro quadrado. A área metropolitana de Lisboa coloca-se acima desta fasquia, nos 2.222 euros por metro quadrado, tal como a região do Algarve, onde os custos ascendem a 1.799 euros por metro quadrado.
No Porto, em média, o metro quarado das casas custou 1.495 euros e o Alentejo também se posiciona ligeiramente acima dos 1.000 euros para a mesma área. Contudo, em termos agregados, a região Centro e Norte ficam pelos 945 euros.
Estes preços registam-se depois de 2019 ter terminado a bater recordes. Os preços das casas aumentaram, no quarto trimestre do ano passado, ao ritmo mais acelerado de que havia registo, e que parece estar prestes a ser superado. No final do ano passado, o preço mediano das casas vendidas em Portugal fixou-se em 1.081 euros por metro quadrado, valor que representa uma subida homóloga de 8,5%, a subida mais expressiva desde que esta série estatística foi iniciada. O gabinete de estatística nacional não revelou ainda os dados para o primeiro trimestre, mas, tomando como referência a estimativa da Confidencial Imobiliário, a subida no preço médio deve rondar os 16%, quase o dobro do anterior recorde.
Queda de 40% no imobiliário em abril afunda procura de crédito
O confinamento social impôs um travão a fundo no imobiliário e levou a quebras abruptas das vendas em abril, segundo os dados da Remax, o maior grupo imobiliário em Portugal. Só neste mês, a atividade deste setor pode ter caído até 40%, um comportamento que terá consequências imediatas para a banca.Para o segundo trimestre, os bancos antecipam uma "forte redução" da procura de crédito por parte das famílias, sobretudo no segmento da habitação, que vale mais de 40% de todo o crédito concedido em Portugal. A tendência já começou a ser sentida no mês de abril.