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Compra de imóveis por estrangeiros em Lisboa caiu 50%. Chineses foram os que mais investiram

A aquisição de imóveis no centro de Lisboa diminuiu 50% no segundo trimestre deste ano. Os chineses foram quem mais investiu na capital portuguesa, com um peso de 33% no volume de investimento internacional.

João Miguel Rodrigues
19 de Outubro de 2020 às 11:40
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No segundo trimestre de 2020 foram adquiridos 233 imóveis residenciais no centro de Lisboa por parte de estrangeiros. Os chineses foram quem mais investiu na capital portuguesa, com uma quota de 33% no volume de investimento internacional.

Nesse período, compradores de 31 países investiram 112,3 milhões de euros em habitação, o que representa metade do valor investido entre janeiro e março de 2020, onde o leque de nacionalidades investidoras foi mais alargado.

Estes dados, apurados pela Confidencial Imobiliário, representam uma diminuição significativa do número de imóveis adquiridos e do montante investido, face aos primeiros três meses do ano, em que foram transacionados 466 imóveis num total de 238,8 milhões de euros.

De acordo com Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, "este forte abrandamento do investimento internacional em habitação nas zonas mais centrais de Lisboa reflete, sobretudo, o impacto da pandemia nos fluxos de capital internacional direcionados ao mercado português". Contudo, o mercado já dava sinais de alguma perda de força no momento pré-Covid, assinalando quebras trimestrais de 9,5% e 14,1% já no ano de 2019. Para o responsável, "tal poderá ter sido uma reação ao anúncio de novas medidas fiscais e legais referentes aos programas de captação de investimento estrangeiro".

Os compradores mais dinâmicos do segundo trimestre foram os oriundos da China, com uma quota de 33% no volume de investimento internacional. Seguem-se os franceses, com um peso de 13%, os brasileiros, com 7%, os norte-americanos, com 6%, e os britânicos, com uma quota de 5%.

Os principais destinos de investimento estrangeiro foram a Estrela, com cerca de 25,4 milhões de euros, e Santa Maria Maior, com 23,5 milhões de euros. Ainda assim o abrandamento do montante investido foi transversal a todas as freguesias lisboetas, apresentando, nalguns casos, quedas iguais ou superiores a 50%.

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