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Estrangeiros investiram quase 350 milhões na compra de casas em Lisboa no primeiro semestre

O investimento de estrangeiros em imobiliário residencial ascendeu a quase 350 milhões de euros no primeiro semestre do ano, de acordo com a Confidencial Imobiliário. O valor médio das habitações em causa ascende a quase 500 mil euros.

Miguel Baltazar/Negócios
02 de Dezembro de 2019 às 17:51
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Os estrangeiros investiram 343,9 milhões de euros em habitação na região de Lisboa, nos primeiros seis meses do ano, revela a Confidencial Imobiliário num comunicado enviado para as redações.

 

Este montante de investimento foi realizado em 759 operações, o que dá um valor médio de 453 mil euros por cada imóvel.

 

O investimento abarcou a Área de Reabilitação Urbana de Lisboa e representa um aumento de 10% face ao valor registado um ano antes. Já quando comparado com o último semestre de 2018, os valores destes primeiros seis meses do ano correspondem a uma quebra de 10%.

 

As operações relatadas são todas de particulares, não envolvendo, por exemplo, investimentos de fundos. "Os dados são apurados pela Confidencial Imobiliário no âmbito do SIR-Reabilitação Urbana e consideram operações de aquisição de imóveis residenciais concretizadas por particulares", revela o comunicado.

 

Os investidores em causa são provenientes de 70 países diferentes, com França a encabeçar a lista (21% dos investimentos), seguida pela China (14%) e Brasil (8%).

 

No acumulado de 2018, os estrangeiros investiram quase 695 milhões de euros, um valor recorde, realça a mesma fonte.

"Nos dois anos anteriores, tal atividade situou-se entre os 300 e os 375 milhões de euros anuais, ou seja, transacionando-se por ano praticamente o que se está a transacionar atualmente por semestre", acrescenta Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial imobiliário, citado no mesmo comunicado.

 

"Em termos geográficos, as freguesias da Misericórdia e de Santa Maria Maior são os principais destinos do investimento estrangeiro em habitação, acolhendo investimentos de 55,5 milhões de euros e 54,9 milhões de euros, respetivamente, e uma quota semelhante de 16%", adianta o comunicado.  

 

Os dados revelam ainda que no caso de Santa Maria Maior – Baixa, Chiado, Mouraria, Castelo e Alfama – 80% do investimento em habitações realizado no primeiro semestre foi feito por estrangeiros.

 

"Denota-se, contudo, um crescente interesse dos estrangeiros por outras zonas da cidade, com as freguesias da Ajuda, Benfica, Carnide, Campolide e Areeiro a registarem os mais fortes crescimentos no investimento estrangeiro face ao mesmo período de 2018 (entre 70% e 165%), ainda que mantenham quotas no total do investimento abaixo dos 2%", adianta ainda a Confidencial Imobiliário.

 

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