Notícia
Putin garante que Gazprom irá cumprir "plenamente" as suas obrigações
"A Gazprom cumpriu, continua a cumprir e cumprirá plenamente as suas obrigações, caso alguém precise", assegurou o chefe de Estado da Rússia
19 de Julho de 2022 às 23:54
O Presidente russo, Vladimir Putin, garantiu esta terça-feira que a gigante do gás Gazprom irá cumprir integralmente as suas obrigações com os fornecedores, num momento em que as entregas na Europa estão a diminuir.
"A Gazprom cumpriu, continua a cumprir e cumprirá plenamente as suas obrigações, caso alguém precise", assegurou o chefe de Estado da Rússia, em conferência de imprensa após a reunião do chamado Grupo de Astana, que junta Rússia, Turquia e Irão, e que decorreu em Teerão.
Putin acusou os "parceiros" da gigante estatal russa de "culpar ou tentar culpar a Rússia e a Gazprom pelos próprios erros", alertando que os europeus apostaram em "fontes de energia não tradicionais".
"A Gazprom está pronta para bombear o quanto for necessário", sublinhou, indicando que o Ocidente está com problemas porque adotou sanções contra Moscovo e "fechou" os canais de entrega de hidrocarbonetos.
A estatal russa reduziu as entregas de gás através do gasoduto Nord Stream 1 para a Alemanha em 60% no mês passado.
Na semana passada, a Gazprom salientou que o bom funcionamento do Nord Stream, que transporta gás russo para a Alemanha e que está parado desde o dia 11 (para manutenção), dependia da recuperação de uma turbina que estava retida no Canadá devido às sanções impostas pela União Europeia à Rússia, desde o início da invasão da Ucrânia.
No entanto, na segunda-feira, o governo alemão explicou que a substituição da turbina no gasoduto que transporta gás russo para a Europa estava apenas prevista para setembro e sublinhou que não deverá haver qualquer obstáculo técnico à importação.
Ao mesmo tempo, o maior importador de gás russo da Alemanha divulgou que recebeu uma carta da Gazprom, da Rússia, alegando "força maior" como motivo para os défices passados e atuais nas entregas de gás, uma alegação que a empresa alemã rejeitou.
A gigante russa de gás citou supostos problemas técnicos envolvendo equipamentos que a parceira Siemens Energy enviou para o Canadá para revisão e não puderam ser devolvidos devido às sanções impostas pela invasão russa da Ucrânia.
O governo canadiano realçou que há mais de uma semana que agilizou de modo a que a turbina a gás que alimenta uma estação de compressão fosse entregue à Alemanha, citando as "dificuldades muito significativas" que a economia alemã sofreria sem um suprimento de gás suficiente para manter as indústrias em funcionamento e para gerar calor e eletricidade.
Os políticos alemães rejeitaram a explicação técnica da Rússia para a redução - no mês passado - do gás que flui através do Nord Stream 1, referindo que a decisão foi uma jogada política do Kremlin (presidência russa) para semear incerteza e aumentar ainda mais os preços da energia.
O operador do Nord Stream 1, na Alemanha, garantiu esta terça-feira que a manutenção do gasoduto estará finalizada em 21 de julho, conforme planeado.
As autoridades alemãs receiam que a Rússia não possa retomar as entregas de gás após o término programado desse trabalho na quinta-feira e apresente uma suposta razão técnica para não fazê-lo.
"A Gazprom cumpriu, continua a cumprir e cumprirá plenamente as suas obrigações, caso alguém precise", assegurou o chefe de Estado da Rússia, em conferência de imprensa após a reunião do chamado Grupo de Astana, que junta Rússia, Turquia e Irão, e que decorreu em Teerão.
"A Gazprom está pronta para bombear o quanto for necessário", sublinhou, indicando que o Ocidente está com problemas porque adotou sanções contra Moscovo e "fechou" os canais de entrega de hidrocarbonetos.
A estatal russa reduziu as entregas de gás através do gasoduto Nord Stream 1 para a Alemanha em 60% no mês passado.
Na semana passada, a Gazprom salientou que o bom funcionamento do Nord Stream, que transporta gás russo para a Alemanha e que está parado desde o dia 11 (para manutenção), dependia da recuperação de uma turbina que estava retida no Canadá devido às sanções impostas pela União Europeia à Rússia, desde o início da invasão da Ucrânia.
No entanto, na segunda-feira, o governo alemão explicou que a substituição da turbina no gasoduto que transporta gás russo para a Europa estava apenas prevista para setembro e sublinhou que não deverá haver qualquer obstáculo técnico à importação.
Ao mesmo tempo, o maior importador de gás russo da Alemanha divulgou que recebeu uma carta da Gazprom, da Rússia, alegando "força maior" como motivo para os défices passados e atuais nas entregas de gás, uma alegação que a empresa alemã rejeitou.
A gigante russa de gás citou supostos problemas técnicos envolvendo equipamentos que a parceira Siemens Energy enviou para o Canadá para revisão e não puderam ser devolvidos devido às sanções impostas pela invasão russa da Ucrânia.
O governo canadiano realçou que há mais de uma semana que agilizou de modo a que a turbina a gás que alimenta uma estação de compressão fosse entregue à Alemanha, citando as "dificuldades muito significativas" que a economia alemã sofreria sem um suprimento de gás suficiente para manter as indústrias em funcionamento e para gerar calor e eletricidade.
Os políticos alemães rejeitaram a explicação técnica da Rússia para a redução - no mês passado - do gás que flui através do Nord Stream 1, referindo que a decisão foi uma jogada política do Kremlin (presidência russa) para semear incerteza e aumentar ainda mais os preços da energia.
O operador do Nord Stream 1, na Alemanha, garantiu esta terça-feira que a manutenção do gasoduto estará finalizada em 21 de julho, conforme planeado.
As autoridades alemãs receiam que a Rússia não possa retomar as entregas de gás após o término programado desse trabalho na quinta-feira e apresente uma suposta razão técnica para não fazê-lo.