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Corte total de gás russo pode levar a queda até 1,5% no PIB europeu

É o que indica um documento da Comissão Europeia, que contém um plano para o consumo de gás no inverno e um possível corte da Rússia como principal fornecedor.

Vasily Fedosenko / Reuters
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O fim do fornecimento de gás russo à Europa pode significar uma redução até 1,5% no produto interno bruto (PIB) dos 27 Estados-membros. É o que antecipa uma nova atualização de um documento preliminar da Comissão Europeia visto pela Bloomberg, intitulado "Poupar gás para um inverno seguro".

O documento provisório aponta como principais preocupações a falta de gás nas casas no inverno e, consequentemente, possíveis falhas na poupança e no armazenamento desta matéria-prima em países da UE. Vários membros têm tentado ao máximo encher as reservas, inclusive utilizando infraestrutura de algumas empresas privadas, para que os cidadãos possam ter acesso a aquecimento este inverno.

A Comissão explica que um corte de gás russo iria gerar uma queda no PIB europeu entre 0,6% a 1%, podendo ascender até 1,5%.

A Comissão Europeia tem vindo a preparar um conjunto de recomendações aos 27 Estados-membros, nomeadamente no que toca a reduções nas temperaturas de aquecimento e arrefecimento e medidas relacionadas com o mercado, com o objetivo de mitigar um possível corte desta matéria-prima por parte do Kremlin - a maior fonte de importação de gás da Europa.

O maior desafio da União será assegurar as reservas de gás para o inverno, principalmente nos países da Europa central e de leste que são mais dependentes desta matéria-prima. De acordo com a Bloomberg, o armazenamento para este inverno está em linha com a média histórica, acima de 63% ou equivalente a 46 dias de consumo no inverno.

A UE vive dias complicados, numa altura em que o principal gasoduto da Europa, o Nord Stream 1, se encontra encerrado para manutenção até quinta-feira. As dúvidas persistem se esta infraestrutura voltará a estar operacional. Na manhã desta segunda-feira foi tornado público um documento que dá conta que a empresa russa e fornecedora de gás à Europa, Gazprom, está a invocar "motivos de força maior" para interromper o fornecimento desta matéria-prima aos países da UE através do gasoduto Nord Stream.
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