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Pinho: "Por mais bolota que se dê ao porquinho [EDP], lucros não aumentaram"

O antigo governante disse que que se tornou "um alvo a abater" ao impedir que "ENI e Iberdrola tomassem conta da EDP". E alerta que em breve os temas de energia talvez tenham que ser discutidos em mandarim.

Lusa
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Manuel Pinho recusa que as políticas públicas que foram elaboradas têm servido para "engordar o porquinho ou embelezar a noiva", disse o ex-governante no Parlamento referindo-se à privatização da EDP. E alertou para o perigo de em breve se ter de falar sobre estes temas "em mandarim", disse durante a apresentação que fez na Comissão Parlamentar de Inquérito às rendas de energia, depois de ter invocado o "direito ao silêncio" em questões relacionadas com o caso EDP.

Mostrando um gráfico com a evolução do lucro da EDP desde 2007, o antigo ministro da Economia comentou que a comissão de inquérito tem desenvolvido "uma interessante tese de que as políticas públicas tiveram como objectivo engordar o porquinho ou embelezar a noiva. Mas olhando para os lucros da EDP desde 2007, data em que foram introduzidos os CMEC, não aumentaram. Por mais bolota que se dê ao porquinho, eles não engordaram", acrescentou.

Durante a mesma intervenção, na qual voltou a mostrar vários gráficos para relembrar que a factura da luz era uma "vaca leiteira" devido ao peso dos impostos, Manuel Pinho relembrou que no seu mandato teve alguns temas quentes em mãos que o tornaram "um alvo". "Impedi que a ENI e a Iberdrola tomassem conta da EDP. E desde esse dia tornei-me um alvo a abater", comentou. 

Ainda no âmbito da privatização da EDP, Pinho deixou o alerta: "Aproveitem agora para discutir as rendas excessivas porque pode ser a última vez. Talvez seja a ultima oportunidade. Na próxima vez talvez poderemos ter que fazê-lo em mandarim ou com um fundo abutre que vai partir a EDP aos bocados". 

Logo no início da audição Manuel Pinho invocou o direito ao silêncio por ser considerado suspeito na investigação do Ministério Público às alegadas rendas excessivas da EDP. No entanto, os grupos parlamentares decidiram continuar os trabalhos tendo arrancado já com a primeira ronda de perguntas.

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