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MP pede para ver contas da mulher de Manuel Pinho
Os procuradores encontraram mais duas offshores que não constam da adesão ao perdão fiscal por parte do ex-governante e, segundo o CM, querem saber se Alexandra Pinho declarou verbas referentes a essas contas.
Face às suspeitas sobre duas offshores que não constam dos documentos de adesão de Manuel Pinho ao Regime Excecional de Regularização Tributária (RERT) em 2012, o Ministério Público pediu à juíza de instrução do caso EDP, Ana Peres, que solicite ao Banco de Portugal os dados bancários de uma eventual adesão a este perdão fiscal por parte da mulher do ex-ministro.
Segundo noticia o CM esta segunda-feira, 18 de fevereiro, na resposta enviada nos últimos dias, a juíza pediu ao Ministério Público que informe "qual ou quais os crimes em investigação em relação ao suspeito Manuel Pinho" e se "Alexandra Pinho tem a posição de suspeita e, caso tal ocorra, quais são os ilícitos a que se reporta o pedido".
Em causa estão os ativos depositados em duas contas offshore, que não surgem na documentação referente ao RERT de Manuel Pinho: através de uma delas terá recebido uma avença mensal do Grupo Espírito Santo enquanto era ministro de Sócrates; e a outra terá sido usada para pagar quase um milhão de euros pelo apartamento comprado em Nova Iorque um ano depois de sair do Executivo.
Manuel Pinho usou o perdão fiscal de Passos Coelho para legalizar mais de 2,7 milhões de euros que estavam na Suíça, tendo pago uma taxa de IRS de 7,5%, correspondente a um imposto de perto de 204 mil euros. Os autos do caso EDP indicam que o montante estava depositado nas contas da Tartaruga Foundation, sediada no Panamá, e da Mandalay Asset Management, com sede nas Ilhas Virgens Britânicas.