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BCP assume ter pago 10 mil euros por mês a ex-assessor de Pinho indicado pela EDP

Os valores contidos nos e-mails cedidos pelo Ministério Público, os quais mostram que o ex-assessor de Pinho pediu à EDP uma remuneração de 10.000 por mês e que este pedido terá sido encaminhado para o BCP, onde João Conceição arranjou emprego, são agora confirmados pelo banco, avança o Expresso.

Mariline Alves
08 de Fevereiro de 2019 às 19:22
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João Conceição serviu como assessor de Manuel Pinho em 2007 e 2008, tendo posteriormente seguido para o BCP, no qual, tal como o próprio propôs, recebeu cerca de 10.000 euros mensais, avança o Expresso. A ponte entre ambos os empregos foi a EDP.

O BCP enviou à comissão de inquérito parlamentar que se debruça sobre as rendas excessivas aos produtores da Energia os documentos que comprovam o pagamento de 80.000 euros a João Conceição, por oito meses de trabalho.

Estas condições remuneratórias coincidem com aquelas que João Conceição propôs receber em julho de 2008, quando ainda estava no Ministério da Economia, num contacto com a António Mexia – CEO da EDP – e outro dirigido a Manso Neto, CEO da EDP Renováveis, tal como foi avançado pela SIC e pelo Observador. João Conceição dizia pretender receber 140 mil euros anuais, o que equivale a 10 mil por mês. Isto, para além de bónus, seguro de saúde e seguro de vida.

Manso Neto terá, na altura, reforçado o pedido de Conceição ao reencaminhá-lo para Mexia. Estes e-mails foram cedidos pelo Ministério Público à comissão parlamentar de inquérito sobre as rendas da energia. A confirmação da parte do BCP de que a remuneração auferida por Conceição coincide com aquela discutida nos e-mails chegou agora às mãos dos deputados, a pedido do CDS.

O BCP e a EDP estão ligados pela administração, dado que o banco é acionista da EDP e a elétrica já foi por vários anos acionista de referência do BCP.

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