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Pinho nega ter recebido avenças do BES enquanto foi ministro

O ex-ministro de Sócrates aproveitou a presença no Parlamento para afastar uma das suspeitas de que é alvo: o recebimento de pagamentos regulares da parte do Banco Espírito Santo enquanto ministro da Economia.

Lusa

Manuel Pinho, que responde esta quarta-feira em São Bento perante a Comissão Parlamentar sobre as rendas excessivas da electricidade, aproveitou a declaração inicial para negar uma das suspeitas de que é alvo: diz serem "falsas" as acusações de que recebeu avenças mensais do antigo empregador, o Banco Espírito Santo, já enquanto ministro de José Sócrates.

Apesar de ter começado por se recusar a tocar em vários temas durante a audição, entre eles a corrupção, invocando o direito ao silêncio que decorre do estatuto de suspeito no caso EDP, o ex-ministro não se coibiu de fazer referência a uma das acusações: é "falso aquilo que tem sido propalado de que eu receberia uma remuneração ou avença do Banco Espírito Santo enquanto fui governante", disse.

Em causa estão os pagamentos recebidos numa conta de uma offshore, que tinha como beneficiários Pinho e a respectiva mulher, e terá alegadamente sido o destino de cerca de 15.000 euros todos os meses entre 2005 e 2012, acompanhando portanto todo o mandato político de Pinho (que terminou em 2009) e prolongando-se para além deste. No total, o ex-ministro da Economia terá amealhado 1.795.672,80 euros de transferências do saco azul do GES, a Espírito Santo Enterprises. Entre 2002 e 2005, quando ainda não tinha qualquer cargo político, Pinho terá recebido 14.963,94 euros mensais. Estas informações foram recolhidas pelo jornal Observador em documentos internos da ES Enterprises, detalhou a publicação.

No mesmo discurso, assegurou que no papel de ministro agiu "sempre e exclusivamente em prol do interesse público, não tendo favorecido quaisquer interesses particulares, não tendo sido corrompido, nem recebido de ninguém pagamentos ou convites indevidos".

(Notíca actualizada às 17:08)

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