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Bloco quer que o Parlamento apresente queixa contra a EDP por "desobediência"

Os bloquistas pediram ao presidente da comissão parlamentar de inquérito sobre as rendas da energia que apresente queixa contra a EDP por "desobediência".

Alexandre Azevedo/ Sábado
Negócios jng@negocios.pt 20 de Dezembro de 2018 às 16:03
O Bloco de Esquerda instou Emídio Guerreiro, presidente da comissão parlamentar de inquérito às rendas no sector energético que apresenta uma queixa contra a EDP por "desobediência qualificada", depois de a empresa liderada por António Mexia não ter disponibilizado ao Parlamento a documentação e correspondência pedida pelos bloquistas.

Em causa está a correspondência relacionada com o patrocínio da eléctrica à Universidade de Columbia, instituição de ensino norte-americana onde o ex-ministro da Economia Manuel Pinho leccionou na qualidade de professor convidado.

"Na sequência da divulgação pela comunicação social de um conjunto de emails trocados entre a EDP e a Universidade de Columbia relativos ao patrocínio do curso sobre energias renováveis que veio a enquadrar o ex-ministro Manuel Pinho como professor convidado, constata-se que a EDP ocultou à CPIPREPE (comissão de inquérito às rendas da energia) uma parte da correspondência constante dos seus arquivos e que lhe foi requerida em junho passado pela Assembleia da República", escreveu o deputado do Bloco, Jorge Costa, na queixa enviada a Emídio Guerreiro. 

No entender do BE, o "não cumprimento de ordens legítimas de uma comissão parlamentar de inquérito no exercício das suas funções constitui crime de desobediência qualificada". Já este mês de Dezembro, a revista Visão noticiou um conjunto de emails que corroboram a tese do Ministério Pública, segundo a qual Pinho terá favorecido a EDP quando era ministro do Governo socialista liderado por José Sócrates para depois ser contratado para dar aulas em Columbia. A EDP patrocinou a escola americana com 1,2 milhões de dólares.

Na passada terça-feira, Manso Neto, CEO da EDP Renováveis, admitiu que tomou conhecimento da troca de emails com a Universidade de Columbia, mas garantiu que a contratação de Manuel Pinho foi uma escolha independente da instituição americana e que nada teve a ver com o patrocínio atribuído pela EDP.

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