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Mexia: “Os accionistas são sempre livres de entrar e de sair"

O presidente executivo da EDP não está preocupado com as mudanças na estrutura accionista da eléctrica. E em reacção à entrada do fundo “abutre da Argentina” comentou apenas que “cada um tem o seu papel”.

Pedro Nunes/Reuters
19 de Outubro de 2018 às 19:41
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As recentes alterações accionistas na EDP, com a saída do Capital Group e a entrada do fundo Paul Elliott Singer, parecem não preocupar o presidente executivo da EDP, António Mexia.

À margem da cerimónia de assinatura do financiamento do projecto WindFloat,  e questionado sobre estas mudanças, o gestor referiu  que "os accionistas são sempre livres de entrar e de sair. É por isso que as empresas cotadas têm essa característica".

Quanto a um eventual papel mais activo do fundo Paul Elliott Singer, conhecido como "abutre da Argentina", respondeu: "Cada um faz o seu papel. Nós estamos aqui para defender os interesses da empresa dos accionistas dos trabalhadores e dos nossos clientes. É essa a nossa missão. Sabendo aquilo que temos que fazer, é fácil".

No dia 16 de Outubro o fundo liderado pelo conhecido investidor activista Paul Singer passou a controlar 2,2925% do capital da eléctrica liderada por António Mexia, detendo em carteira um total de 83.827.873 acções acções.

A entrada da Elliott coincidiu com a saída de um dos accionistas históricos da EDP: o fundo norte-americano Capital, que  há menos de um mês controlava mais de 10%.

Na altura, o presidente da EDP, António Mexia, comentou a decisão como uma reacção à alteração de regras, em particular no que se referia à decisão do Governo de forçar a eléctrica a devolver a sobrecompensação de 285 milhões de euros no âmbito dos CMEC.

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