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Elliott põe EDP a cotar acima do preço da OPA pela primeira vez desde outubro

Após terem sido noticiadas as fortes críticas do fundo ativista Elliott, acionista da EDP, à OPA lançada pelos chineses sobre a elétrica, as ações da empresa liderada por Mexia voltaram a atingir preços acima do oferecido pela CTG. O que não acontecia há quatro meses.

14 de Fevereiro de 2019 às 15:28
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O valor dos títulos da EDP volta a superar o preço da Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela China Three Gorges (CTG), algo que não se verificava desde outubro. Isto acontece depois do fundo ativista Elliott, que detém uma participação qualificada na elétrica, se ter mostrado discordante e considerado a operação prejudicial à empresa liderada por António Mexia.

As ações da EDP encontram-se a subir 2,64% para os 3,266 cêntimos, depois de já terem tocado os 3,27 cêntimos, um máximo de 17 de outubro. O valor oferecido pelos chineses pelos títulos da EDP é de 3,26 euros. Somando a oferta de 7,10 euros pelas ações da subsidiária de energias limpas, a EDP Renováveis, a operação está avaliada em cerca de 9 mil milhões de euros.

De acordo com a carta enviada pelo fundo Elliott à administração da EDP, os ativos de "grande qualidade" da elétrica estão a ser "subavaliados" e, por isso, os ativistas consideram que a EDP "ficará mais fraca" e mais "vulnerável" caso a CTG seja bem-sucedida na operação. O fundo acredita que a oferta tornará o portefólio menos atrativo" e as oportunidades de crescimento "diminuídas".

Adicionalmente, o fundo Elliott critica a OPA por constituir "a maior fonte de incerteza que a empresa enfrenta hoje", impactando, nesta ótica, a EDP de forma negativa.

O fundo Paul Elliott Singer, conhecido como "Abutre da Argentina", entrou no capital da EDP em outubro de 2018, altura em que passou a controlar 2,2925% do capital da elétrica liderada por António Mexia. Geralmente, a entrada deste tipo de fundos no capital das empresas é acompanhada de uma evolução positiva no preço das ações, pela expetativa de que instiguem alterações no negócio, que muitas vezes passam por fusões e aquisições. No caso do Elliott, já possui um site, o "Empower EDP" , no qual reúne as sugestões que tem para melhorias nos resultados das elétricas.

A opinião do fundo Elliott coincide com a partilhada pela EDP na sequência do anúncio da oferta. No relatório enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a 9 de junho, a administração liderada por António Mexia sustentou que o preço oferecido pelos chineses não reflete o valor da empresa nem o prémio de controlo que está implícito nesta operação.

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