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Lucros da Galp crescem 25% em 2017 para 602 milhões de euros

No quarto trimestre do ano passado, a subida dos lucros foi de 54%.

A Galp Energia é uma das empresas que recolhe a confiança dos gestores na bolsa lisboeta. Os fundos mantinham 7,5% do capital alocado na petrolífera, uma aposta que se tem revelado certeira. A empresa sobe mais de 13% na bolsa, em 2018.
Galp
20 de Fevereiro de 2018 às 07:20
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A Galp Energia fechou o ano de 2017 com lucros de 602 milhões de euros, o que representa uma subida de 25% face ao resultado líquido de 483 milhões de euros registado no ano anterior. Os lucros da empresa liderada por Carlos Gomes da Silva ficam, assim, acima do esperado pelos analistas do BPI, que antecipavam  593 milhões de euros, e ligeiramente abaixo das estimativas do CaixaBI que apontavam para 604 milhões.  

Considerando apenas os últimos três meses do ano passado, os lucros foram de 186 milhões de euros, mais 54% do que no mesmo trimestre de 2016, refere a empresa em comunicado.

 

Em relação ao EBITDA, a subida foi de 32% no ano passado para um total de 1.869 milhões de euros, beneficiando do crescimento de 40% da produção no negócio de exploração de petróleo e da sólida performance operacional das actividades de refinação e distribuição, assim como da evolução positiva do contexto macroeconómico, segundo a empresa. O segmento de exploração e produção teve o maior aumento (85%), enquanto o segmento de gás e energia registou uma descida de 55%.

O investimento caiu 17% para 1.008 milhões de euros, ficando no limite inferior do "guidance", e a dívida líquida aumentou 1% para 1.886 milhões de euros.

Produção de petróleo aumenta 38% em 2017

O indicador de produção "working interest" –  a produção bruta de matéria-prima, sobretudo petróleo, que inclui todos os custos decorrentes das operações – registou uma subida de 38% face a 2016, fixando-se nos 93,4 mil barris produzidos por dia. Quanto ao quarto trimestre, o aumento foi de 19% para 101,2 mil barris, a primeira vez que a produção trimestral da Galp supera a fasquia dos 100 mil barris por dia.

O EBITDA do segmento de produção e exploração aumentou 419 milhões de euros, em termos homólogos, 913 milhões de euros, beneficiando, segundo a Galp, do aumento da produção e do preço médio de venda, que atingiu os 47,6 dólares por barril. Os custos de produção foram 242 milhões de euros, um aumento de 76 milhões face a 2016, que se deveu ao maior número de unidades em produção no Brasil.

No segmento de refinação e distribuição, as matérias-primas processadas subiram 4% face a 2016, com o crude a representar 91% do total. Já as vendas a clientes directos cresceram 1%, apesar da redução de exposição a actividades com menor margem na Península Ibérica. Os volumes vendidos pela Galp em África aumentaram 14%, representando 10% das vendas totais a clientes directos.

"O EBITDA do negócio de R&D [refinação e distribuição] aumentou 209 milhões de euros para os 785 milhões, suportado pela envolvente de mercado e pela disponibilidade operacional das refinarias", acrescenta a empresa.

Negócio de gás e energia recua

O EBITDA do negócio de gás e energia caiu 55% no ano passado para 141 milhões de euros, uma evolução que a empresa justifica sobretudo com a "desconsolidação da Galp Gás Natural Distribuição (GGND)".

As vendas de gás natural foram de 7.348 mm³, um aumento de 283 mm³ face a 2016, o que reflectiu sobretudo um incremento nos volumes vendidos a clientes directos. Já as vendas no segmento convencional (incluindo clientes industriais e de retalho) aumentaram 14%.

Por outro lado, as vendas no mercado internacional ("trading") registaram um decréscimo de 9% para os 2.974 mm³, "com o aumento no trading de rede a não compensar a descida dos volumes de GNL transaccionados", sustenta a Galp. As vendas de electricidade totalizaram 5.172 GWh, um aumento de 163 GWh face ao período homólogo.


(Notícia actualizada às 07:57)

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