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Galp aumenta dividendo para 55 cêntimos

A Galp Energia vai pagar um dividendo de 55 cêntimos por acção relativo ao exercício de 2017 e o valor servirá de referência para os próximos anos.

A Galp indicou que a taxa de execução dos projectos de extracção no Brasil não foi afectada pela situação política. Além disso, a regulação no país é mais favorável, com a participação mínima que a Petrobras tem de ter nos projectos de exploração a baixar. No segmento de refinação, a petrolífera indicou que iniciou no ano passado um sistema para melhorar a eficiência e que pode gerar uma margem adicional de um dólar por barril. O preço-alvo é de 15,10 euros com recomendação de 'neutral'.
20 de Fevereiro de 2018 às 07:26
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A Galp Energia decidiu melhorar a remuneração aos accionistas devido às perspectivas mais favoráveis para os resultados nos próximos anos.

 

No âmbito do plano estratégico, a petrolífera anunciou que o dividendo, a pagar já este ano, passa para 55 cêntimos por acção, o que representa uma subida de 10% face aos anteriores 50 cêntimos.

 

Esta melhoria no dividendo, que alguns analistas já antecipavam, foi anunciada numa apresentação em Londres onde a Galp está a actualizar o seu plano de investimentos até 2020 que define as linhas estratégicas orientadoras para a próxima década.

 

"Numa altura em que os grandes investimentos dos últimos anos começam a libertar mais cash do que aquele que absorvem", a Galp optou por melhorar a remuneração aos accionistas, uma vez que estima aumentos anuais médios superiores a 10% no "cash flow" das operações (CFFO) entre 2017 e 2020.

 

"Face a estas perspectivas, o conselho de administração da Galp decidiu vir a propor à assembleia geral um aumento do dividendo em 10%, para 0,55 euros por acção, que constituirá a referência para os próximos anos", refere o comunicado da Galp.

 

A este dividendo corresponde uma rentabilidade de 3,74%. Referente ao exercício do ano passado, a Galp já pagou 25 cêntimos em Setembro de 2017, pelo que agora pagará mais 30 cêntimos este ano.

 

O dividendo de 55 cêntimos por acção servirá de referência para os próximos anos, embora a empresa saliente que "a evolução deste valor ficará dependente da geração de caixa e da identificação de oportunidades criadoras de valor, mantendo o compromisso de disciplina financeira, traduzido num rácio de dívida sobre EBITDA inferior a 2x".

 

Na apresentação aos investidores, a Galp Energia diz que apesar da "disciplina financeira", há potencial para "mais aumentos nos dividendos",

 

Investimento de mil milhões e EBITDA estabiliza

 

A empresa liderada por Carlos Gomes da Silva antecipa que este ano o EBITDA deverá situar-se entre 1,8 e 1,9 mil milhões de euros, assumindo um preço de referência do Brent de 60 dólares (abaixo da actual cotação).

 

Em 2017 a Galp obteve uma subida de 32% no EBITDA para um total de 1.869 milhões de euros, pelo que prevê a estabilização deste indicador.

 

A Galp anunciou também que, em 2018, o investimento estará compreendido entre os mil milhões e os 1,1 mil milhões de euros, sendo que em média, no período 2018-2020, o investimento anual rondará os mil milhões de euros. Em 2017 o investimento caiu 17% para 1.008 milhões de euros, ficando no limite inferior do "guidance", e a dívida líquida aumentou 1% para 1.886 milhões de euros.

 

A meta da empresa liderada por Carlos Gomes da Silva passa por aumentar o "free cash flow" para mais de mil milhões de euros em 2020, tornando a Galp Energia um "gerador sustentável" de "cash flow".

 

Em 2017 o FCF foi de cerca de 572 milhões de euros, sendo que depois do pagamento de dividendos (423 milhões de euros) a empresa permanece com este indicador positivo (149 milhões de euros).

 

As acções da Galp Energia estão a reagir de forma negativa aos resultados, com uma queda de 1,4% para 14,49 euros.

(notícia actualizada às 8:40 com mais informação)

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