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Lucro da EDP Renováveis dispara 181% nos primeiros nove meses do ano para 416 milhões de euros

O crescimento de 10% da capacidade instalada, o aumento do preço da energia e a venda de ativos suportaram os bons resultados da empresa. No entanto, o valor foi parcialmente neutralizado por custos líquidos financeiros de 296 milhões de euros.

O “hedge fund” britânico Marshall Wace comunicou, esta semana, uma posição curta de 0,5% no capital da EDP.
Miguel Baltazar
26 de Outubro de 2022 às 07:44
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Até setembro de 2022, a EDP Renováveis (EDPR) registou um resultado líquido de 416 milhões de euros. O valor representa uma subida de 181% face ao mesmo período do ano passado, quando a empresa registava um lucro de 148 milhões de euros.

De acordo com os dados reportados esta manhã à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), os resultados líquidos foram suportados pelo "crescimento de 10% da capacidade instalada renovável, que aumentou para os 14,3 GW, uma forte recuperação do preço médio de venda de energia para os €66/MWh (+29% face ao período homólogo), sobretudo nos mercados europeus, e o contributo positivo da conclusão de três transações de rotação de ativos em Espanha, Polónia e Itália", explica a EDPR.

Por outro lado, o resultado líquido foi parcialmente neutralizado por custos líquidos financeiros de 296 milhões de euros, repartidos "por maior dívida, impacto de forex e custo de dívida, e pelos interesses não controláveis de 167 milhões de euros, como resultado da performance de ativos com parceiros minoritários, nomeadamente na Europa."

O investimento bruto até setembro, 100% focado em energias renováveis, mais do que duplicou, para os 4,4 milhões de euros (no mesmo período de 2021 tinha sido de 2 milhões). "Nos últimos 12 meses, foram adicionados mais 2,6 GW de capacidade renovável e a setembro de 2022, a EDPR atingiu o montante recorde de 4,3 GW de capacidade renovável em construção em 15 mercados na América do Norte, América do Sul, Europa e Ásia Pacifico", indica o comunicado à CMVM.

A empresa liderada por Miguel Stilwell de Andrade (na foto) explica que o investimento realizado "permitiu à EDPR aumentar a sua presença para 28 mercados a nível global". Contudo, este investimento, "junto com o impacto negativo de forex, ajudou a explicar o aumento da dívida a 5.556 milhões de euros, que foi parcialmente mitigado pelo fluxo de caixa operacional e os proveitos de rotação de ativos nos primeiros nove meses de 2022, existindo adicionalmente duas transações já anunciadas e com conclusão prevista nos próximos meses (260 MW no Brasil e 200 MW nos EUA)."

A empresa refere ainda que, até setembro,  fechou uma pré-cobertura de 5 anos a uma taxa de juro fixa para 1,5 mil milhões de euros de dívida com maturidade pós-2022, reduzindo a sua exposição ao aumento de taxas de juro a médio-prazo.


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