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Iberdrola já tem licença de produção para o maior parque eólico de Portugal

O projeto ficará localizado nos distritos de Vila Real e Braga e implicará um investimento total de cerca de 350 milhões de euros, refere a elétrica espanhola em comunicado. 

09 de Dezembro de 2024 às 16:03
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A Iberdrola anunciou esta segunda-feira que recebeu da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) a licença de produção com vista à construção daquele que será o maior parque eólico em Portugal. O projeto ficará localizado nos distritos de Vila Real e Braga e implicará um investimento total de cerca de 350 milhões de euros, refere a elétrica espanhola em comunicado. 

Com uma potência instalada de 274 MW e uma capacidade de produção de 601 GWh por ano (energia já coberta por um contrato de venda de longa duração), o equivalente ao consumo de 128.000 casas, este parque de energia eólica fará parte do Sistema Eletroprodutor do Tâmega construído pela Iberdrola, e que é composto por três barragens.

Desta forma, nascerá na região um projeto renovável hídrido, o primeiro do país a combinar energia eólica e hídrica. O novo parque eólico utilizará a mesma ligação à rede já existente em Ribeira de Pena, que está a escoar a eletricidade produzida nas barragens, sendo necessário apenas ampliar a subestação, tal como já estava previsto. 

O maior projeto eólico em Portugal é formado pelos parques Tâmega Norte e Tâmega Sul, sendo que ambos integram o acordo celebrado com o fundo soberano norueguês, administrado pelo Norges Bank Investment Management.

"Demos um importante passo para iniciar a construção do maior parque eólico e o primeiro projeto de hibridização a combinar energia eólica e hídrica em Portugal. Este projeto é mais uma evidência da aposta da Iberdrola em Portugal, onde conta já com um investimento em energias renováveis de mais de 2 mil milhões de euros ao longo dos últimos 20 anos", disse Alejandra Reyna, diretora-geral da Iberdrola Renováveis Portugal, em comunicado. 

De acordo com a empresa espanhola, este projeto eólico foi adjudicado à Vestas e contará com a instalação de 38 aerogeradores de última geração, os Vestas Enventus V172, com uma capacidade unitária de 7,2 MW e uma altura de 114 metros. Empresas como a CJR, Conduril ou Socorpena estarão também envolvidas no projeto, no desenvolvimento das infraestruturas de base, enquanto a Painhas e Proef contribuirão para a construção da subestação e linhas elétricas, que entrarão em ação já em 2025.

Com um investimento total de mais de 1.500 milhões de euros, o Sistema Eletroprodutor do Tâmega é  composto pela Central Hidroelétrica do Alto Tâmega, com uma capacidade instalada de 160 MW, a Central de Armazenamento por Bombagem de Gouvães (880 MW) e a Central Hidroelétrica de Daivões (118 MW), estas duas últimas em funcionamento desde 2022. As três centrais somam uma capacidade instalada de 1.158 MW, que representa um aumento de 6% da potência elétrica total instalada no país.

Assim, o complexo tem a capacidade de produzir, em média , 1.766 GWh por ano, o suficiente para satisfazer as necessidades energéticas dos municípios vizinhos, bem como das cidades de Braga e Guimarães (440 mil habitações).

Adicionalmente, esta infraestrutura renovável tem uma capacidade de armazenamento de 40 milhões de kWh, o equivalente à energia consumida por 11 milhões de pessoas durante 24 horas nos seus lares.

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