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Lucro da Iberdrola sobe 63% para 4,13 mil milhões no primeiro semestre

A impulsionar estes resultados estiveram os investimentos "recorde" de 5,28 mil milhões de euros, que cresceram 16% face ao ano passado, bem como um "forte desempenho operacional nos negócios de redes e energias renováveis".

24 de Julho de 2024 às 10:36
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O lucro líquido da elétrica espanhola Iberdrola cresceu 63% para 4,13 mil milhões de euros no primeiro semestre deste ano, face ao ano passado, anunciou a empresa esta quarta-feira.

"O lucro líquido registado atingiu os 4,13 mil milhões de euros (2,52 mil milhões de euros no primeiro semestre de 2023)", números que "incluem a transação do México, que ficou concluída no primeiro trimestre de 2024", indica a empresa em comunicado. A venda de ativos no mercado mexicano foi fechada por mais de 5,4 mil milhões de euros, com ganhos de capital de 1,17 mil milhões de euros.

A impulsionar estes resultados estiveram os investimentos "recorde" de 5,28 mil milhões de euros, que cresceram 16% face ao ano passado, bem como um "forte desempenho operacional nos negócios de redes e energias renováveis". A grande maioria destes investimentos foram direcionados para redes e energias renováveis e os EUA foram o principal destino de investimento, com cerca de um terço do total.

O EBITDA da empresa elétrica aumentou 9% para os 7,9 mil milhões de euros no primeiro semestre do ano. Em termos de "cash flow", o aumento foi de 98%, atingindo os 11,36 mil milhões de euros. O fluxo de caixa recorrente chegou a 5,93 mil milhões de euros (+8%).

Já o dividendo final de 0,351 euros por ação será pago em 29 de julho. O total da remuneração aos acionistas para 2023 aumentou 11.4%, para 0,558 euros por
ação.

"A produção recorde de energias renováveis e o desempenho robusto do nosso negócio em redes ajudaram a obter um forte conjunto de resultados no primeiro semestre de 2024. Investimos, também, mais do que nunca nos primeiros seis meses do ano, o que trará benefícios na segunda metade de 2024. Assim, será possível aumentar a orientação de lucro para o ano", afirmou o presidente executivo da Iberdrola, Ignacio Galán, citado em comunicado. De acordo com a empresa, estes resultados "permitem à Iberdrola prever um crescimento de lucro líquido de dois dígitos" este ano (excluindo ganhos de capital provenientes da rotação de ativos).

"Estamos a fazer bons progressos no que toca ao cumprimento dos objetivos do nosso plano de negócios para 2026. Além disso, também esperamos que novas oportunidades de crescimento a médio e longo prazo se cristalizem no segundo semestre do ano nas nossas áreas de negócio de redes e armazenamento, bem como novas oportunidades para apoiar a expansão dos centros de dados", acrescentou.

Em termos de nova capacidade instalada, tanto onshore como offshore, a Iberdrola dá conta da conclusão do parque eólico offshore de Saint-Brieuc, em França.A capacidade total de renováveis atingiu os 43,400 MW, com 3,100 MW adicionados nos últimos 12 meses. A espanhola chegou aos 2,3 GW de capacidade operacional em energia eólica offshore até ao final de junho de 2024, com previsão de alcançar 4,8 GW até ao final de 2026, conforme o definido no plano de negócios da empresa.

Na produção, a elétrica reporta um "desempenho excecional nas energias renováveis em Espanha, superando os 18,500 GWh na primeira metade de 2024, que representa um crescimento de 21%" e um aumento na produção de energia hidroelétrica de bombagem, com 3,000 GWh nos primeiros seis meses do ano (25% da produção hídrica total). Cerca de 90% do total da produção foi isenta de emissões, garante a empresa, que está a desenvolver novos projetos de energia eólica offshore nos EUA (806 MW Vineyard Wind 1), no Reino Unido (1.400 MW East Anglia THREE) e na Alemanha (476 MW Baltic Eagle e 315 MW Windanker).

A Iberdrola quer aumentar o papel do armazenamento: 100 milhões de kWh de capacidade, com 20 milhões de kWh em construção e projetos adicionais para 150 milhões de kWh.

O portfólio global de contratos de venda de energia (PPA) da Iberdrola aumentou 3 TWh no último ano, com novos contratos assinados nos EUA, Reino Unido, Europa Continental e México. No total, a empresa tem agora 35 TWh de produção de energias renováveis vendidos a parceiros comerciais de topo através de contratos a longo prazo.
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