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Governo não mexe no imposto sobre os combustíveis
O Ministério das Finanças anunciou que se mantêm as reduções aprovadas em Maio, pelo que a fiscalidade nos combustíveis vai ficar na mesma.
O Governo decidiu "não aumentar o Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP), mantendo as reduções aprovadas em Maio", anunciou o Ministério das Finanças em comunicado, justificando a decisão com a "evolução da cotação nos últimos dias" e o facto de "a tributação da gasolina ser já muito superior à do gasóleo".
Depois de em Fevereiro ter agravado o ISP aplicável à gasolina e ao gasóleo rodoviários em seis cêntimos, o Executivo comprometeu-se a rever trimestralmente o preço dos combustíveis de forma a assegurar que, em caso de subida do preço do petróleo, os consumidores não seriam penalizados.
O Ministério liderado por Mário Centeno justifica não proceder a um novo desagravamento do ISP sobre o gasóleo rodoviário com o facto de a decisão de Maio ter sido tomada apesar de "a variação verificada naquele período" não fundamentar tal decisão. Pelo que a diminuição de um cêntimo do ISP é classificada pelo Governo como uma decisão de carácter extraordinário.
No comunicado hoje enviado à comunicação social, explica-se que, em Julho, foi verificado um aumento dos preços de referência da gasolina e do gasóleo, apurados pela Entidade Nacional para o Mercado dos Combustíveis, de 4 cêntimos na gasolina e de 7,9 cêntimos no gasóleo. O Governo recorda que, em Janeiro, o mês anterior à primeira actualização governamental ao valor do ISP, os preços de referência destes combustíveis era de 1,118 euros e de 0,861 euros para a gasolina e gasóleo, respectivamente.
Pelo que o Ministério tutelado por Centeno considera que a "ligeira redução no preço de referência da gasolina face a Janeiro" faz com que já não se justifique a redução de um cêntimo anteriormente decretada. Pelo contrário, "atingiu-se o patamar para sustentar a anterior redução do ISP no caso do gasóleo". No entanto, o Governo optou por manter inalterado o imposto para os dois combustíveis apesar de a evolução dos preços justificar "revogar a redução de um cêntimo na gasolina e manter a redução de ISP apenas no gasóleo rodoviário".
Aquando da apresentação do Orçamento do Estado para 2016, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, justificou o aumento do imposto com a necessidade de "corrigir a perda de receita fiscal" decorrente da diminuição das cotações internacionais dos produtos petrolíferos provocada pela quebra acentuado do preço do petróleo.
(notícia actualizada pela última vez às 16:00)