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Galp defende "número bastante limitado" de anomalias

A petrolífera, alvo de inquéritos por parte da ERSE, considera que o processo de liberalização na energia aumentou as exigências e, daí, os problemas. A Galp espera que o regulador evite as sanções.

1039 – Galp Energia – A petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva surge na posição 1.039 da lista, sendo a segunda maior cotada portuguesa. Perdeu 195 posições face ao “ranking” de 2014.
Bloomberg
21 de Abril de 2015 às 07:30
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A Galp Energia defende que foram "situações anómalas" as que levaram a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos a abrir inquéritos a várias situações, nomeadamente a desconsideração das leituras feitas pelos clientes do mercado de gás natural.

 

Essas situações "ocorrem num número bastante limitado e a Galp Energia tem desenvolvido todos os esforços para vir a eliminar completamente estes eventos", assegura o porta-voz da empresa agora presidida por Carlos Gomes da Silva.

 

Tais factos são justificados pela Galp pela "complexidade de leis e regulamentos decorrentes do processo de liberalização em curso nos mercados residenciais de gás e electricidade, aliada ao elevado número de processos de mudança de clientes de um mercado para o outro e entre comercializadores no mercado livre".

 

A Galp é visada em nove dos 11 inquéritos anunciados pela ERSE esta segunda-feira. Oito dizem respeito a cada um dos oito operadores de distribuição de gás natural, pelo facto de não terem em conta a "generalidade" das leituras feitas pelos clientes. Outro processo está relacionado com a não atribuição, "indevida", de benefícios como a tarifa social a consumidores economicamente vulneráveis que a eles tinham direito. "Em relação aos clientes com dificuldades económicas, sublinhamos que a Galp Energia não se revê de forma alguma nas observações da ERSE, uma vez que tem vindo a assegurar o acesso à tarifa social sem quaisquer restrições ou incómodos para o cliente", defende a Galp.

 

Não há indicações específicas sobre o tema das facturações. A empresa diz apenas respeitar "as regras destinadas a proteger os seus direitos enquanto consumidores".

 

Embora sublinhe que ainda não leu o relatório de auditoria, a Galp pede uma actuação especial por parte da ERSE no processo de transição nos mercados energéticos, "apenas recorrendo a medidas sancionatórias nos casos em que fique demonstrada intencionalidade no não cumprimento das regras". Os inquéritos que envolvem empresas da Galp – e também da EDP – podem tirar a essas sociedades 2% a 10% da facturação, caso venham efectivamente a ser condenadas.  

 

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