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BESI aumenta preço-alvo da Galp para 12,9 euros

Com o aumento do preço-alvo, o banco de investimento reduziu a recomendação da petrolífera de "comprar" para "neutral" e alerta que a "situação no Brasil é capaz de permanecer volátil" devido às consequências da Operação Lava Jato.

1039 – Galp Energia – A petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva surge na posição 1.039 da lista, sendo a segunda maior cotada portuguesa. Perdeu 195 posições face ao “ranking” de 2014.
Bloomberg
21 de Abril de 2015 às 11:23
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O BESI aumentou o preço-alvo e reduziu a recomendação sobre a Galp. O preço-alvo sobe de 12,4 euros para 12,9 euros, com um potencial de valorização de 7,544% face à cotação actual de 11,995 euros.

 

Já a recomendação foi reduzida de "comprar" para "neutral", segundo uma nota de análise publicada esta terça-feira, 21 de Abril, pelo BESI.

 

O BESI justifica o aumento do preço-alvo com o aumento de 9% da valorização dos activos da Galp no pré-sal no Brasil para os 5,3 mil milhões de euros, devido à estabilização dos preços dos materiais para extrair petróleo, o que provocou uma redução nos preços de perfuração.

 

O banco de investimento aponta que apesar do corte em Março nas estimativas de produção, as acções da companhia subiram 18% desde então, "beneficiando de uma melhoria na percepção dos investidores em relação ao Brasil, depois da proposta de compra da Shell pela BG e a recuperação de 57% no preço da acção do seu parceiro essencial Petrobras".

 

A situação no Brasil merece uma chamada de atenção por parte do BESI, devido ao caso de corrupção que envolve a Petrobras. "Consideramos que pode ser muito cedo para cantar vitória à medida que o fluxo noticioso que impacta a produção no Brasil deverá permanecer volátil à luz da sério interrupção na cadeia local de fornencedores causada pela Operação Lava Jato, o que obrigou já várias empresas locais a pedir a protecção de credores".

 

Desta forma, alerta que a "situação no Brasil é capaz de permanecer volátil" e que "nesta altura é impossível de garantir que não vão haver mais atrasos à medida que o número de fornecedores a enfrentar problemas ainda está a crescer".

 

Por isso, a "actual disrupção" no Brasil é encarada "como um risco" pelo BESI às estimativas de produção da Galp.

 

O BESI defende que "a decisão da Shell de aumentar a sua exposição ao pré-sal no Brasil é um apoio importante".

 

Contudo, alerta que os investimentos da petrolífera anglo-holandesa são para o longo prazo. "Também notamos que os timings para a Shell investir são tipicamente mais longos do que para a maioria dos investidores financeiros e este negócio não implica necessariamente que tem um ponto de vista constructivo na rampa de produção nos próximos anos".

 

O BESI estima que a petrolífera tenha terminado os primeiros três meses do ano com um resultado líquido de 129,8 milhões de euros, face aos 46,6 registados em período homólogo, mais 178%. A Galp vai apresentar os seus resultados trimestrais na próxima segunda-feira, 27 de Abril.

 

Já o EBITDA deverá ter aumentado em 42% para 378,2 milhões de euros. Para o primeiro trimestre, o resultado bruto de exploração excluindo stock deverá cair 5% face a período homólogo para 378 milhões de euros, enquanto a exploração e produção deverá aumentar 16%.

 

O BESI também aumentou em 20% as suas estimativas de lucros por acção (50 cêntimos por acção), após o reforço no primeiro trimestre no negócio da refinação. Este valor está 43% acima do consenso dos analistas da Bloomberg.

 

A Galp está a cair 0,79% para 11,995 euros na bolsa de Lisboa.

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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