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Galp avança com investimento no gás natural em Moçambique

Decisão final de investimento foi formalizada esta quinta-feira em Maputo, na presença do presidente moçambicano, Filipe Nyussi.

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01 de Junho de 2017 às 17:39
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A Galp tomou esta quinta-feira a decisão final de investir no projecto de gás natural liquefeito Coral Sul, na denominada Área 4, localizada na bacia Rovuma,  em Moçambique.

A Galp tem uma participação de 10% neste consórcio que é liderado pelos italianos da Eni, com uma posição de 70%. Há ainda dois parceiros com 10% do capital, a Kogas, Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH).

O projecto materializa-se numa unidade flutuante de liquefação de gás natural (FNLG) que terá uma capacidade de tratar 3,4 milhões de toneladas por ano. Para atingir este objectivo, o consórcio rubricou os contratos de engenharia, aprovisionamento, construção e instalação da unidade FNLG e também os contratos relativos ao "upstream", em particular para a sonda de perfuração para sistemas de produção subaquáticos e umbilicais.

O investimento total previsto para este projecto é de 7 mil milhões de dólares (6,2 mil milhões de euros), prevendo-se que o consórcio comece a produzir gás natural liquefeito em 2022. Para suportar este investimento, o consórcio formado pela Eni, Galp, Kogas e ENH garantiu o financiamento do projecto no valor de 5 mil milhões de dólares (4,4 mil milhões de euros) com um sindicato de agências de crédito à exportação e instituições financeiras internacionais.

A decisão final de investimento foi formalizada em Maputo, capital de Moçambique, durante uma cerimónia que contou com a presença do presidente da República daquele país, Filipe Nyussi. A Galp esteve representada ao mais alto nível através do seu CEO, Carlos Gomes da Silva.

Em comunicado enviado à CMVM a Galp sublinha que "a aprovação do projecto Coral Sul representa um importante marco para a Galp, no âmbito do objectivo estratégico de reduzir a intensidade carbónica do seu portefólio, bem como marca o primeiro passo de um plano de desenvolvimento mais abrangente da Área 4".

O consórcio já tinha assinado, em Outubro do ano passado, um acordo com a BP, a qual se comprometeu a comprar por um período de 20 anos a totalidade do gás natural liquefeito produzido em Coral Sul.


As acções da Galp encerraram a sessão desta quinta-feira a subir 0,4% para 13,78 euros.

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