"Estamos a prepararmo-nos para a próxima ronda [do leilão de blocos exploratórios]. A nossa presença no Brasil é estratégica e de longo prazo e aproveitaremos todas as oportunidades que o processo competitivo nos oferecer", afirmou Ferreira de Oliveira, à margem do seminário realizado pela Galp no Rio de Janeiro.

O próximo leilão a que o gestor se refere deverá ocorrer em Outubro deste ano com oferta de blocos na área conhecida como pré-sal, em águas ultraprofundas do litoral brasileiro.

A área em leilão inclui a zona conhecida como Libra, na Bacia de Santos, descoberta pelo poço 2-ANP-0002A-RJS, em 2010.

A expectativa é de que a região possua um volume de 26 mil milhões a 42 mil milhões de barris de petróleo, dos quais de oito a 12 mil milhões recuperáveis.

O presidente da Galp considerou de "grande sucesso" a participação da empresa portuguesa na última ronda de licitações no Brasil, na qual obteve nove projectos, todos em parceria com a petrolífera brasileira Petrobras.

A Galp investe hoje no Brasil entre 600 e 800 milhões de euros por ano, valor destinado principalmente ao mega projecto no poço conhecido como Tupi, na Bacia de Santos, um dos maiores projectos de exploração de petróleo em curso hoje no mundo.

Dos oito mil milhões de euros previstos no plano de negócios 2013-2017 da Galp, cerca de 65% é destinado ao Brasil, segundo estimativas de Ferreira de Oliveira.