Notícia
Fábrica de baterias da chinesa CALB já recebeu luz verde da APA para avançar em Sines
A APA já emitiu a declaração de impacto ambiental favorável que permitirá á à CALB avançar com aquela que será a sua maior fábrica na Europa (e que deverá rivalizar com a Tesla), ainda que com uma extensa lista de mais de 90 medidas obrigatórias de compensação e minimização do impacto.
14 de Março de 2024 às 15:43
A Agência Portuguesa do Ambiente já emitiu a sua declaração de impacto ambiental favorável, embora condicionada, para o projeto da empresa chinesa de baterias de lítio China Aviation Lithium Battery Technology (CALB) que tem planos para construir uma fábrica em Sines, avança o Expresso esta quinta-feira.
O investimento previsto ronda os 2.000 milhões de euros para uma capacidade instalada de quase 43 milhões de células por ano, com uma produção diária de 23.400 células por cada linha de produção. No total, a fábrica terá cinco linhas de produção. Em termos de produção anual de baterias serão 187 mil (com uma capacidade total de 15 gigawatt hora). Em 2028, a CALB prevê ampliar as instalações de Sines, o que vai permitir "escalar de 15 para 45 GWh". Poderá ainda haver ainda uma terceira fase para duplicar a capacidade e igualar a fábrica da Tesla na Europa.
A previsão da CALB aponta para a criação de 1.800 empregos (1.679 na produção e 121 na área administrativa; 1.269 homens e 582 mulheres). A fábrica deverá funcionar em regime contínuo, com três turnos diários de oito horas. A empresa chinesa estima que a fábrica possa iniciar a produção "até ao final de 2025", com o objetivo de "satisfazer a grande procura dos clientes, nomeadamente da indústria automóvel".
Foi já no dia 7 de março que a APA deu luz verde à CALB para avançar com aquela que será a sua maior fábrica na Europa (e que deverá rivalizar com a Tesla), ainda que com uma extensa lista de mais de 90 medidas obrigatórias de compensação e minimização do impacto, que a empresa chinesa terá de cumprir se quiser construir a unidade industrial.
Soma-se ainda o pedido de dezenas de novos elementos que a empresa terá também de incluir no seu relatório de conformidade ambiental do projeto de execução da linha que ligará a fábrica à rede elétrica.
A declaração da APA refere ainda que as ações de desflorestação e desmatação no lote industrial onde ficará a fábrica serão asseguradas pela Aicep Global Parques, entidade pública que gere a Zona Industrial e Logística de Sines. Isso só poderá acontecer se a empresa chinesa obtiver do Governo uma "declaração de imprescindível utilidade pública".
Os documentos colocados em consulta pública mostram ainda que a construção da fábrica da CALB em Sines vai afetar 5,3 hectares de montado, área que vai ser alvo de desmatação, podendo assim implicar o abate de 703 sobreiros e azinheiras. Estão previstas medidas de compensação por parte da empresa.
No âmbito da consulta pública ao projeto, que teminou a 29 de fevereiro, a CALB recebeu 129 participações (na sua maioria contra), incluindo as de 124 cidadãos e ainda da Câmara Municipal de Sines, da Aicep Global Parques, da REN e de duas organizações, o movimento Juntos pelo Cercal e o Movimento Contra Mineração Massueime.
O projeto conta já com a classificação de "Projeto de Interesse Nacional", atribuído pelo Governo em 2023, o que significa, por exemplo, que será prioritário na ligação à rede elétrica nacional, no âmbito do diploma do "bar aberto" de atribuição de capacidade de ligação em zonas de grande procura, como é o caso de Sines.
O investimento previsto ronda os 2.000 milhões de euros para uma capacidade instalada de quase 43 milhões de células por ano, com uma produção diária de 23.400 células por cada linha de produção. No total, a fábrica terá cinco linhas de produção. Em termos de produção anual de baterias serão 187 mil (com uma capacidade total de 15 gigawatt hora). Em 2028, a CALB prevê ampliar as instalações de Sines, o que vai permitir "escalar de 15 para 45 GWh". Poderá ainda haver ainda uma terceira fase para duplicar a capacidade e igualar a fábrica da Tesla na Europa.
Foi já no dia 7 de março que a APA deu luz verde à CALB para avançar com aquela que será a sua maior fábrica na Europa (e que deverá rivalizar com a Tesla), ainda que com uma extensa lista de mais de 90 medidas obrigatórias de compensação e minimização do impacto, que a empresa chinesa terá de cumprir se quiser construir a unidade industrial.
Soma-se ainda o pedido de dezenas de novos elementos que a empresa terá também de incluir no seu relatório de conformidade ambiental do projeto de execução da linha que ligará a fábrica à rede elétrica.
A declaração da APA refere ainda que as ações de desflorestação e desmatação no lote industrial onde ficará a fábrica serão asseguradas pela Aicep Global Parques, entidade pública que gere a Zona Industrial e Logística de Sines. Isso só poderá acontecer se a empresa chinesa obtiver do Governo uma "declaração de imprescindível utilidade pública".
Os documentos colocados em consulta pública mostram ainda que a construção da fábrica da CALB em Sines vai afetar 5,3 hectares de montado, área que vai ser alvo de desmatação, podendo assim implicar o abate de 703 sobreiros e azinheiras. Estão previstas medidas de compensação por parte da empresa.
No âmbito da consulta pública ao projeto, que teminou a 29 de fevereiro, a CALB recebeu 129 participações (na sua maioria contra), incluindo as de 124 cidadãos e ainda da Câmara Municipal de Sines, da Aicep Global Parques, da REN e de duas organizações, o movimento Juntos pelo Cercal e o Movimento Contra Mineração Massueime.
O projeto conta já com a classificação de "Projeto de Interesse Nacional", atribuído pelo Governo em 2023, o que significa, por exemplo, que será prioritário na ligação à rede elétrica nacional, no âmbito do diploma do "bar aberto" de atribuição de capacidade de ligação em zonas de grande procura, como é o caso de Sines.