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EUA e UE fecham acordo de fornecimento de gás

O acordo implica o envio, até ao final de 2022, de 15 mil milhões de metros cúbicos de gás. Já até 2030, estipula um fornecimento de 50 mil milhões de metros cúbicos.

Os preços do gás natural ainda têm um forte potencial de subida este ano. A queda dos inventários, o frio e a forte procura são grandes “triggers”.
Osman Orsal/Reuters
25 de Março de 2022 às 09:44
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Os Estados Unidos e a União Europeia anunciaram esta sexta-feira a celebração de um acordo de fornecimento de gás natural de Washington aos Estados membros para diminuir a dependência do bloco europeu da Rússia. O compromisso implica o envio, até ao final de 2022, de 15 mil milhões de metros cúbicos de gás. Já até 2030, o acordo estipula um fornecimento de 50 mil milhões de metros cúbicos, indica a Bloomberg.

O pacto, assinado esta quinta-feira pelo presidente dos EUA, Joe Biden, e pela líder da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, inclui ainda a criação de uma task force conjunta, contudo, é parco em detalhes sobre, por exemplo, que serão as empresas norte-americanas responsáveis pelos fornecimentos.

Nos últimos anos, a UE importou entre 14 e 18 mil milhões demetros cúbicos por ano da Rússia, com Moscovo a ser o principal fornecedor desta matéria-prima para o bloco europeu, responsável por uma fatia de cerca de 40% das importações totais. Neste momento, no panorama mundial, a Europa compete com a Ásia como os maiores compradores das já bastante limitadas reservas disponíveis de gás natural.

A task force acordada irá também trabalhar em soluções para reduzir a dependência do gás, em linha com os esforços tanto dos EUA como da UE para combater as alterações climáticas. O grupo irá ainda "trabalhar para garantir a segurança energética da Ucrânia da União Europeia, na preparação para o próximo inverno e apoiando o objetivo de Bruxelas de acabar com a sua dependência de combustíveis fósseis russos", indica a Casa Branca.

Mas o caminho não será fácil. À Bloomberg, um funcionário da União Europeia adiantou que as importações dos EUA  vão demorar algum tempo a arrancar, com a Europa restringida pela sua atual capacidade de regaseificação, pelo reduzido número de terminais e interligações.

O acordo transatlântico surge antes de uma reunião em Berlim na próxima semana entre exportadores de gás americanos e compradores alemães do combustível da usina. 
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