Notícia
Rússia parece estar a reduzir "metas" e a querer apenas o Donbass. E nega que a Ucrânia tenha sido invadida
Acompanhe aqui minuto a minuto o conflito na Ucrânia e o impacto nos mercados.
- Bruxelas suspeita que Pequim pode ajudar o Kremlin a atenuar as sanções do Ocidente
- Europa aponta para o vermelho. Fim de sessão na Ásia marcada por perdas
- Incerteza domina cotação do petróleo que oscila entre ganhos e perdas
- Ouro a um passo da terceira semana de ganhos. Euro sobe com deslize do dólar
- Juros aliviam na zona euro
- Europa negoceia na linha de água. Lisboa com ganho mais expressivo
- Bolsa de Moscovo perde mais de 2% ao segundo dia de negociação. Gazprom tomba mais de 7%
- EUA e UE fecham acordo de fornecimento de gás
- China e Turquia podem começar a pagar em bitcoin petróleo e gás russos
- União Europeia pode considerar limites ao preço do gás “se necessário”
- Preços do gás natural a aliviar com acordo entre EUA e União Europeia
- Chinesa Sinopec terá suspendido conversações para investimento na Rússia
- Wall Street negoceia mista
- Rússia diz que principais objetivos na Ucrânia "foram cumpridos". "Libertação de Donbass" é objetivo central
- Gazprom está a pedir a parceiros comerciais para que paguem importações de gás em euros
- Finlândia suspende ligação ferroviária à Rússia
- “A democracia vai prevalecer”, diz Joe Biden
- Petróleo inverte e já sobe 1% com novo ataque a instalações sauditas
- Euro e libra a valorizar. Rublo soma mais de 1% contra euro e dólar
- Juros das dívidas soberanas invertem tendência e voltam a agravar
- Bolsas europeias sobem mas semana é negativa
- HSBC estará a intensificar escrutínio a clientes russos
- Spotify vai suspender serviço na Rússia
- Concerto de apoio à Ucrânia na Casa da Música
- Primeira fase da invasão concluída "de um modo geral", diz Rússia
- MNE russo nega invasão da Ucrânia
- Autoridades europeias acusam Rússia de "roubar" aviões alugados no estrangeiro
- Putin promulga lei que pune "informações falsas" sobre ações de Moscovo no estrangeiro
- França convoca embaixador russo por causa de desenhos "inaceitáveis"
Hoje continua o encontro do Conselho Europeu, estando os líderes dos Estados membros focados sobretudo na crise energética que assola a Europa. Os primeiros-ministros português, italiano, espanhol e grego reuniram-se antes para apresentar propostas concretas e conjuntas durante o encontro. O chanceler alemão, Olaf Scholz, já avisou que cortar por completo o gás russo afundaria a Europa numa recessão.
Os futuros do Euro Stoxx 50 estão a cair 0,24%, enquanto os futuros do britânico FTSE mergulham 0,1%.
Esta sexta-feira é o segundo dia da reunião do Conselho Europeu, onde serão debatidas sobretudo questões relacionadas com a crise energética, como a dependência do bloco ao gás russo.
Na Ásia, a sessão terminou mista, com o Nikkei a valorizar 0,14%, o Topix na linha de água a deslizar 0,09%, enquanto em Hong Kong o Hang Seng caiu 2,9% e Xangai mergulhou 0,77%.
O índice de referência russo, Moex, segue a desvalorizar 2,6%, depois de ter encerrado a sessão encurtada de ontem a ganhar 4,4%. A pressionar o índice estão sobretudo a gigante do gás russo, Gazprom, que afunda 7,16%, enquanto a petrolífera Lukoil mergulha 4,02% e o maior banco da Rússia, o Sberbank -- que entretanto fechou as suas subsidiárias na Europa ocidental, -- tomba 4,14%. A empresa agrícola PhosAgro lidera os ganhos, com uma subida de 7,39%.
Estes movimento surgem no mesmo dia em que o Conselho Europeu debate uma nova forma de combater a dependência europeia do setor energético russo, esperando-se até ao final do dia de hoje a assinatura de um acordo de abastecimento entre os EUA e a União Europeia.
As negociações da bolsa de Moscovo arrancaram de forma controlada esta quinta-feira, um mês depois de o Moex ter caído cerca de 33%, no âmbito da invasão russa à Ucrânia. Para garantir um ambiente de liquidez, o Kremlin decretou a proibição de vendas a descoberto ("short-selling"), pelo que os investidores não podem especular no sentido de ganhar com a desvalorização das ações, além de que os investidores não residentes vão continuar impedidos de negociar até 1 de abril. Das 50 cotadas, apenas 33 estão abertas à negociação.
Esta decisão de Moscovo surge numa altura em que e o país foi atingido por sanções sem precedentes, limitando a sua capacidade de aceder a reservas estrangeiras e ao sistema internacional de trocas bancárias SWIFT, assim como de emitir eurobonds.
Para Dmitry Polevoy, analista da Locko-Invest em Moscovo, esta inversão de tendência entre as suas sessões pode ser explicada pelo facto de "ontem o tema principal era o dinheiro quente, que procurava compras táticas", enquanto "hoje, vemos algumas vendas e mais atividade de pessoas que ficaram de lado ontem e que parecem estar a impulsionar esta mudança", acrescentou o especialista.
"A descoberta dos preços [das ações] vai levar tempo, pois é difícil avaliar corretamente novos preços justos. A questão das sanções ainda está em aberto", sublinhou o analista.
A Casa Branca criticou a retomada parcial das negociações de ações, apelidando-a de "abertura do mercado Potemkin", defendendo que não é um mercado real. A Bolsa de Moscovo disse que a participação de investidores individuais no volume de negócios de quinta-feira foi de 58%.
O compromisso implica o envio, até ao final de 2022, de 15 mil milhões de metros cúbicos de gás. Já até 2030, o acordo estipula um fornecimento de 50 mil milhões de metros cúbicos, indica a Bloomberg.
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O presidente da comissão de energia da Duma (Parlamento russo), Pavel Zavalny, foi quem admitiu esta possibilidade, afirmando que quando se trata de países "amigáveis", como a China ou a Turquia, a Rússia está disposta a ser mais flexível com as opções de pagamento.
"Estamos a propor à China há muito tempo optar por rublos e yuan", explicou Zavalny, durante uma conferência de imprensa esta quinta-feira. "No caso da Turquia, será lira e rublos. Mas também é possível negociar em bitcoin", acrescentou o parlamentar.
Zavalny apoiou ainda a promessa de Vladmir Putin, que segundo a Interfax, avançou que os países considerados "hostis" à Rússia podem começar a pagar o gás em rublos.
A bitoin reagiu em alta a esta notícia, estando a valorizar 2,60% nas últimas 24 horas para 44.129,75 dólares.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a Comissão não fecha a porta a possíveis limites de preços, caso tal se revele necessário.
Devido à guerra na Ucrânia, os preços da energia, nomeadamente a eletricidade e o gás natural, estão a registar significativas subidas. Perante esse cenário, a Comissão Europeia pretende anunciar em maio algumas "opções para otimizar o design do mercado de eletricidade, para que possa apoiar melhor a transição verde", escreveu von der Leyen no Twitter.
Na mesma publicação, explicou que a Comissão Europeia irá também apresentar uma proposta para deixar gradualmente as energias fósseis russas do mix energético europeu até 2027.
A presidente da Comissão Europeia explicou também que "para baixar os preços e manter a nossa segurança energética a longo prazo, temos de olhar para a raiz da causa do preço da energia".
But to drive prices down and enhance our energy security in the longer-term, we have to look at the root cause of the price spike.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) March 25, 2022
Namely high and volatile gas prices and their impact on electricity prices. pic.twitter.com/KVNRcHs0yZ
O preço do gás natural está a ser influenciado sobretudo por um acordo entre os Estados Unidos e a União Europeia, que permitirá aumentar o fornecimento de gás natural liquefeito vindo dos EUA, até ao final de 2022. Assim, até ao final do ano, a Europa irá receber pelo menos 15 mil milhões de metros cúbicos de gás natural, numa altura em que o bloco europeu desenvolve esforços para se livrar da dependência russa nesta matéria.
Mesmo com o mercado europeu a chegar a um acordo com os Estados Unidos, que permite que chegue à Europa mais gás natural, surgiram alguns receios de que o acordo não seja suficiente para substituir o fornecimento que chega da Rússia. Assim, durante a manhã, os futuros do gás natural em Amesterdão, o "benchmark" para a Europa, chegaram a subir 2,75% para 114,68 euros por MW/h.
Nesta altura, o gás natural já inverteu a tendência e está a aliviar 5,38% em Amesterdão, para 105,600 euros.
A informação é avançada pela agência Reuters, que cita fontes não identificadas. Estas conversações envolveriam também uma parceria na área de marketing na Rússia.
A Reuters avança que esta suspensão de uma fábrica na Rússia "destaca os riscos, mesmo para o parceiro diplomático mais importante da Rússia, de sanções pesadas e inesperadas, impostas pelo Ocidente".
O "benchmark" mundial por excelência, S&P 500, segue a valorizar 0,11% para 4,525,20 pontos, enquanto o industrial Dow Jones sobe 0,16% para 34.764,34 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite cai 0,20% para 14.163,93 pontos.
A energia continua a ser o setor que lidera a sessão (42,4%), enquanto as tecnológicas comandam as perdas (-13,47%) depois de ontem terem sido as que deram mais fôlego às bolsas norte-americanas.
Já os juros da dívida soberana dos EUA continuam a disparar esta sexta-feira, com os investidores a apostarem menos nas obrigações e a preferirem as ações.
As obrigações norte-americanas do Tesouro estão a caminho do pior desempenho trimestral em quase quatro décadas.
Os investidores continuam a digerir o disparo dos preços da matérias-primas, à medida que a economia russa se isola do mundo, alimentando a expectativa de uma inflação mais elevada, o que potenciará uma política monetária (ainda mais agressiva) por parte da Reserva Federal norte-americana (Fed). A garantia foi dada pelo próprio presidente do banco central, Jerome Powell, no início desta semana e apoiada por vários líderes regionais no decorrer dos últimos dias.
Já no plano geopolítico, o governo Biden está cada vez mais preocupado com a possibilidade de o presidente russo Vladimir Putin recorrer às armas químicas. Esta sexta-feira, Washington voltou a desferir um duro golpe contra a economia russa, ao assinar um acordo de abastecimento com Bruxelas que permite à Europa eliminar gradualmente a dependência de gás russo.
Citado pela agência estatal russa Interfax, Rudskoi afirmou que os objetivos principais nesta primeira fase da ofensiva na Ucrânia terão sido cumpridos.
"Os objetivos principais da primeira fase da operação foram geralmente cumpridos", cita a Interfax. "O potencial de combate das Forças Armadas da Ucrânia foi reduzido, o que, sublinho, torna possível focarmo-nos nos esforços principais para o nosso objetivo, que é a libertação de Donbass", refere o texto da agência.
São ainda avançados alguns números sobre as baixas no lado russo: "1.351 mortos e 3.825 feridos".
Ao longo deste mês de invasão à Ucrânia, o Kremlin tem afirmado que avançou para solo ucraniano com o intuito de "desnazificar e desmilitarizar a Ucrânia". Em todas as intervenções do lado russo, esta guerra é descrita por Putin como uma "operação militar especial".
A notícia é avançada pela Reuters, que revela que a Gail, empresa que faz o processamento e distribuição de gás natural na Índia, foi uma das empresas a quem a Gazprom pediu para deixar de pagar as importações de gás em dólares. Ao invés disso, a Gazprom quer que os pagamentos passem a ser feitos em euros.
A medida é um sinal de que a Rússia está a procurar evitar trocas comerciais em dólares norte-americanos.
A Gail
A Finlândia vai suspender a ligação por comboio à Rússia - até aqui uma das poucas formas de transporte público a ligar a União Europeia e a Rússia.
O operador nacional de transporte ferroviário anunciou esta sexta-feira a suspensão do serviço que liga Helsínquia a São Petersburgo, na Rússia.
A decisão terá sido tomada tendo em conta as pesadas sanções que estão a ser aplicadas à Rússia, como forma de condenar a invasão levada a cabo pelo Kremlin à Ucrânia. A VR, a empresa que opera o serviço, considerou que já não era apropriado assegurar esta ligação, conhecida como Allegro.
A agência Reuters indica que, desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, este comboio tem estado cheio de russos a tentar escapar para território da União Europeia.
A fronteira entre a Finlândia e a Rússia continuará aberta para as viagens de viaturas privadas.
Num discurso perante as tropas da NATO, esta sexta-feira, na Polónia, o Presidente dos Estados Unidos frisou que o Ocidente quer ajudar a Ucrânia e trabalhar para "impedir um massacre".
"É uma luta entre a democracia e a oligarquia", disse o governante norte-americano. "Criam-se menos democracias do que as que foram perdidas no mundo", continuou, reforçando que acredita que a "democracia vai prevalecer".
Os EUA têm na Polónia, na base da NATO, mais de quatro mil militares. Devido ao conflito na Ucrânia, este número tem vindo a ser reforçado ao longo dos últimos meses.
Biden agradeceu o trabalho das forças militares da NATO, agradecendo pelos trabalhos de defesa de território dos membros da organização. "Estamos a tentar ajudar o povo ucraniano e a impedir um massacre", disse.
Joe Biden está esta semana na Europa, onde já participou na cimeira da NATO, na reunião do G7 e no Conselho Europeu.
Os preços do “ouro negro” estavam a negociar em baixa, mas inverteram e já sobem perto de 1% após a notícia de mais um ataque a instalações da Arábia Saudita.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a somar 0,95% para 120,16 dólares por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a ganhar 0,98% para 113,44 dólares por barril.
Os meios de comunicação estão a avançar que houve novo ataque a instalações sauditas de energia.
Um projétil caiu numa estação de distribuição de eletricidade em Samtah, provocando um pequeno incêndio, refere a agência Saudi Press.
O ataque atingiu os tanques da Companhia Nacional de Águas, refere por seu lado o canal Al-Arabiya. Veículos civis e uma zona residencial foram igualmente atingidos e os rebeldes hutis já reivindicaram.
No fim de semana passado houve um ataque a um terminal de petróleo saudita, reivindicado também por rebeldes hutis. O ataque causou uma queda temporária na produção e ajudou a elevar o preço do petróleo.
Assim, o euro está a apreciar 0,06% face ao dólar, para 1,1004 dólares. A moeda única começa assim a recuperar das duas sessões anteriores no vermelho.
A libra esterlina, por sua vez, está a valorizar 0,09% perante o dólar, para 1,3199 dólares. Também a moeda britânica sai de terreno negativo, onde permanecia há duas sessões.
Já o dólar está a cair perante um cabaz de divisas rivais, a tombar 0,15%. A "nota verde" interrompe a série de duas sessões consecutivas a registar ganhos, animada pelas declarações da Fed sobre uma subida das taxas de juro.
Nota ainda para o rublo, a moeda russa, que está a valorizar tanto contra o euro como face ao dólar, após tombos expressivos de mais de 5% na sessão anterior. O rublo avança 1,12% perante o euro e soma 1,84% face ao dólar.
No caso dos juros das obrigações a dez anos, é vista uma subida na yield de países como Alemanha, Itália, Espanha ou Portugal.
Os juros das bunds alemãs a dez anos, a referência no bloco europeu, estão a agravar 3,4 pontos base, para uma taxa de 0,561%. Este é o valor mais elevado destes juros esta semana, que está já próximo de valores de outubro de 2018.
Os juros da dívida italiana também estão a subir esta tarde. Nesta altura agravam-se em 1,9 pontos base para uma taxa de 2,069%. Desde o início da semana que os juros italianos a dez anos têm estado acima de 2%, com exceção de um dia, em que recuaram até 1,9%. Assim, a yield italiana regressa a valores de quase dois anos.
O cenário é semelhante na Península Ibérica. Os juros da dívida espanhola estão a avançar 2,2 pontos base, para 1,432%, a rondar valores de janeiro de 2019.
Já os juros portugueses, também a dez anos, estão acima de uma taxa de 1,3%, mais concretamente nos 1,309%, depois de uma subida de 2,2 pontos base. Desde dia 9 de março que os juros da dívida portuguesa têm registado valores acima de 1%.
As bolsas europeias fecharam esta sexta-feira quase generalizadamente em alta, mas o índice de referência Stoxx 600 teve um saldo negativo de 0,2% no acumulado entre segunda e sexta-feira, numa altura em que os investidores avaliam as perspetivas para o crescimento económico, por entre uma subida dos juros das dívidas soberanas e a guerrra na Ucrânia.
O Stoxx 600 fechou a somar 0,12% nesta sexta-feira, para 453,62 pontos, mas no conjunto das cinco sessões perdeu 0,2% – depois de na semana passada ter registado a melhor semana desde novembro de 2020.
O índice de referência europeu voltou assim a um saldo semanal vermelho, depois de duas semanas consecutivas em alta. Ainda assim, a perda foi marginal e está a pouco mais de 1% de recuperar de todas as perdas incorridas desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, a 24 de fevereiro.
Os restantes índices mais relevantes da Europa Ocidental também recuaram na semana, com exceção do português PSI.
Na sessão desta sexta-feira, os setores do petróleo, imobiliário e telecomunicações foram os que deram maior impulso à tendência de subida. Os preços do crude regressaram às subidas, depois de uma abertura em baixa, sustentados por um novo ataque dos rebeldes hutis a instalações energéticas sauditas.
Já os setores dos bens industriais e da construção registaram uma queda no dia de hoje.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,22%, o italiano FTSEMIB avançou 0,64%, o britânico FTSE 100 subiu 0,21% e o espanhol IBEX 35 pulou 0,31%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,42%.
Já o francês CAC-40 desvalorizou marginalmente, a deslizar 0,032%.
O HSBC estará a intensificar o escrutínio a clientes russos e também a evitar potenciais clientes da mesma nacionalidade. A informação é avançada pela agência Reuters, que cita duas fontes com conhecimento do assunto.
Também a concessão de créditos a clientes com origem na Rússia estará a ser evitada. De acordo com a agência, esta é uma forma de o HSBC conseguir minimizar os efeitos das sanções crescentes que estão a ser aplicadas contra Moscovo. As sanções contra a Rússia têm sido uma das formas utilizadas por diversas potências globais para condenar a invasão da Ucrânia.
Leia a peça completa aqui.
O serviço de streaming de música Spotify anunciou que vai suspender o serviço no mercado russo, em resposta à nova lei do país para os media.
A nova legislação pretende tornar ilegal na Rússia reportar qualquer assunto que possa "descredibilizar" as forças militares russas.
"O Spotify continua a acreditar que é crucialmente importante tentar manter o nosso serviço operacional na Rússia para disponibilizar uma fonte de confiança, notícias e informação independente para a região", diz o Spotify, em comunicado. "Infelizmente, a legislação recente cria mais restrições ao acesso a informação, eliminando a liberdade de expressão e a criminalizar certos tipos de notícias que põem a segurança dos empregados do Spotify em risco e possivelmente até os nossos ouvintes em risco".
É expectável que o serviço deixe de estar disponível na Rússia a partir de abril.
No início do mês, a empresa sueca já tinha encerrado os escritórios na Rússia, devido ao ataque à Ucrânia.
Também outro serviço de streaming, neste caso a Netflix, já suspendeu o serviço na Rússia.
Na próxima quarta-feira, 30 de Março, pelas 21 horas, a Casa da Música, no Porto, recebe um concerto de apoio à Ucrânia, promovido pela Ordem dos Médicos.
O Concerto de Solidariedade e de Angariação de Fundos para o povo ucraniano é, segundo os promotores, uma iniciativa que surge "perante a terrível guerra que a Ucrânia vive e à qual o mundo assiste como a maior crise europeia e humanitária do séc. XXI".
O valor total da venda dos bilhetes, que custam 20 euros, e dos donativos reverte a favor do "Comité Internacional da Cruz Vermelha – Apoio à Crise Humanitária na Ucrânia", "Cruz Vermelha Ucraniana" e "Programa Alimentar Mundial da ONU – Emergência Ucraniana", organizações humanitárias que operam na Ucrânia.
O programa, a interpretar pela Orquestra APROARTE, sob a direcção do maestro Ernst Schelle, integra obras de Ludwig van Beethoven, Piotr Ilitch Tchaikovsky, Mykola Lisenko, Myroslav Skoryk e Antonín Dvorjak, e conta com a participação de Nataliya Stepanska, soprano ucraniana residente em Portugal.
O concerto é promovido pela Ordem dos Médicos, com o apoio da Câmara do Porto, da Universidade do Porto, da Orquestra Sinfónica APROARTE e da Casa da Música.
A Rússia parece estar a recuar nos objetivos da sua "operação especial" na Ucrânia. O Ministério russo da Defesa informou esta sexta-feira que as suas operações militares estão concluídas "de um modo geral", avançando que a Rússia se focará na "libertação" da região do Donbass, no Leste da Ucrânia.
O Ministério russo da Defesa referiu que os separatistas, apoiados pela Rússia, controlam agora 93% de Luhansk e 54% de Donetsk, as autoproclamadas repúblicas do Leste ucraniano – que, juntas, são conhecidas como a região do Donbass.
"Os principais objetivos da primeira fase da operação foram cumpridos de um modo geral", declarou Sergei Rudskoi, representante superior do Estado-Maior General da Rússia, citado pelo The Guardian.
A Rússia parece assim estar a dar sinalizar que a invasão da Ucrânia pode estar a ficar com objetivos mais limitados, ao dizer que o principal propósito da operação era a "libertação do Donbass", sublinha o jornal britânico.
"O potencial de combate das Forças Armadas da Ucrânia foi consideravelmente reduzido, o que permite que foquemos os nossos esforços na obtenção do principal objetivo, a libertação do Donbass", referiu Rudskoi.
Recorde-se que a Rússia invadiu e anexou a península ucraniana da Crimeia em 2014, depois de o então Presidente pró-russo Viktor Ianukovich ter sido destituído por querer impedir a integração europeia do país.
Na mesma altura, eclodiu uma guerra separatista no Donbass, no leste da Ucrânia, com apoio de Moscovo, que provocou 14.000 mortos em oito anos, apesar da assinatura dos Acordos de Paz de Minsk em fevereiro de 2015.
Antes de anunciar a atual "operação militar especial" na Ucrânia em 24 de fevereiro, o Presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu a independência das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, no Donbass.
Putin utilizou como um dos argumentos para a invasão o alegado "genocídio" cometido pelo exército ucraniano contra os habitantes do Donbass, onde mais de 700.000 pessoas receberam passaportes russos nos últimos anos.
A agência Associated Press (AP) refere que o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, nega que a Rússia tenha invadido a Ucrânia.
"Falando na Turquia sobre um potencial cessar-fogo, Lavrov disse que as preocupações em torno de baixas civis são ‘gritos patéticos’ por parte dos inimigos da Rússia e negou que a Ucrânia tenha sequer sido invadida", aponta a AP.
Os responsáveis russos têm negado ataques a quaisquer alvos civis, considerando "fake news" as atrocidades documentadas e dizendo que os civis fotografados mortos e feridos eram "atores da crise".
A informação é avançada hoje pela agência de notícias France Presse (AFP), que afirma que as companhias aéreas russas têm até segunda-feira para devolver os aviões, ao abrigo das sanções aeronáuticas da UE adotadas após as forças russas terem invadido a Ucrânia.
Em causa está uma lei promulgada pelo presidente Vladimir Putin de 14 de março que veio autorizar as companhias aéreas do país a registar na Rússia os aviões que alugam no estrangeiro para que possam voar com eles no país.
A medida permite às companhias continuar a utilizar as aeronaves para voos domésticos, mas essas seriam apreendidas se voassem para o estrangeiro, explica a AFP.
"A maioria dos aviões em que eles (os russos) poderiam voar para o estrangeiro são aviões alugados, de origem europeia ou americana, que foram agora roubados aos seus legítimos proprietários, os locadores", disse o diretor-geral dos transportes da Comissão Europeia, Henrik Hololei, citado pela AFP.
Ao registar novamente as aeronaves na Rússia, as autoridades do país "violaram gravemente as leis do transporte aéreo internacional, e a lei básica da aviação civil, a Convenção de Chicago", acusou Hololei, durante uma conferência online do organismo europeu de controlo do tráfego aéreo (Eurocontrol).
"Uma enorme quantidade de bens foi de facto roubada pelos russos", acrescentou o director-geral da Eurocontrol, Eamonn Brennan, explicando que "existem cerca de 10 mil milhões (de euros) em bens, mais de 500 aviões apreendidos pelos russos e registados na Rússia, o que cria uma situação muito difícil para os locadores e seguradoras europeias".
A 12 de março, a Autoridade da Aviação Civil das Bermudas, onde várias centenas de aviões russos estavam registados, anunciou que retirava a sua certificação a partir do dia seguinte, abrindo o caminho para a proibição de voos.
Lusa
A adoção desta lei permite ao Kremlin [presidência russa] ter uma arma repressiva adicional sobre a divulgação de notícias relativas à invasão russa da Ucrânia.
O decreto, cuja assinatura presidencial de Vladimir Putin marca a entrada em vigor da lei, pune a "divulgação pública de informações falsas sob o pretexto de informações credíveis" sobre as "atividades dos órgãos estatais russos fora do território russo".
A pena prevista aumenta para 15 anos de prisão se a "informação falsa" resultar "em consequências graves".
Esta lei complementa outra adotada no início de março, que prevê até 15 anos de prisão para a divulgação de "informações falsas" sobre o exército russo.
No início de março o Kremlin tinha defendido a necessidade de "firmeza" na nova lei que reprime "informações falsas" para enfrentar uma "guerra de informação" que diz estar a ser travada contra a Rússia no âmbito do conflito na Ucrânia.
Lusa
"Estas publicações são inaceitáveis. Deixámos isto claro hoje ao embaixador russo", Alexei Mechkov, afirmou o gabinete do ministério francês citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Um dos desenhos mostra europeus de joelhos a lamber as nádegas do "Tio Sam" (a imagem que personifica os Estados Unidos) com a legenda em inglês "European solidarity as it is" ("A solidariedade europeia tal como ela é").
A segunda banda desenhada representa uma Europa doente, deitada numa cama, a ser injetada pelos seus carrascos - os Estados Unidos e a União Europeia - com várias substâncias chamadas "neonazismo", "Russofobia" ou "covid-19".
lol the Russian Embassy in France (@AmbRusFrance) posted and then deleted this pic.twitter.com/uMOGLtbrKg
— Aric Toler (@AricToler) March 24, 2022
"Estamos a tentar manter um canal de diálogo com a Rússia, mas estas "ações são perfeitamente inadequadas", acrescentou o ministério, referindo-se à guerra iniciada há um mês pela Rússia, que invadiu a Ucrânia.
A embaixada russa confirmou à AFP que "a questão do tweet publicado foi levantada, entre outros pontos" durante a reunião que se realizou hoje. Já quanto ao tweet, que apareceu na quinta-feira, foi entretanto retirado.
Por seu turno, o embaixador russo "chamou a atenção" dos "colegas franceses para as provocações e atos de vandalismo contra as representações diplomáticas russas em França".