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Rússia parece estar a reduzir "metas" e a querer apenas o Donbass. E nega que a Ucrânia tenha sido invadida

Acompanhe aqui minuto a minuto o conflito na Ucrânia e o impacto nos mercados.

Lusa_EPA/reuters
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Bruxelas suspeita que Pequim pode ajudar o Kremlin a atenuar as sanções do Ocidente
Bruxelas suspeita que Pequim pode ajudar o Kremlin a atenuar as sanções do Ocidente
Bruxelas suspeita que Pequim pode ajudar o Kremlin com hardware tecnológico, como semicondutores e outros componentes, de forma atenuar as sanções impostas à economia do país liderado por Vladimir Putin, de acordo com duas fontes próximas do assunto, contactadas pela Bloomberg.

Hoje continua o encontro do Conselho Europeu, estando os líderes dos Estados membros focados sobretudo na crise energética que assola a Europa. Os primeiros-ministros português, italiano, espanhol e grego reuniram-se antes para apresentar propostas concretas e conjuntas durante o encontro. O chanceler alemão, Olaf Scholz, já avisou que cortar por completo o gás russo afundaria a Europa numa recessão.
Já no palco da guerra, a evacuação de Mariupol continua, de acordo com o executivo ucraniano. Ontem todos os corredores humanitários funcionaram com sucesso, tendo sido transferidas 3.300 pessoas.
Europa aponta para o vermelho. Fim de sessão na Ásia marcada por perdas
Europa aponta para o vermelho. Fim de sessão na Ásia marcada por perdas
As negociações de futuros dos principais índices bolsistas europeus apontam para um arranque de sessão no vermelho, num dia marcado pela notícia da suspeita de Bruxelas sobre a ajuda de Pequim à economia russa e perante a possibilidade de novas sanções contra o Kremlin.

Os futuros do Euro Stoxx 50 estão a cair 0,24%, enquanto os futuros do britânico FTSE mergulham 0,1%.

Esta sexta-feira é o segundo dia da reunião do Conselho Europeu, onde serão debatidas sobretudo questões relacionadas com a crise energética, como a dependência do bloco ao gás russo.

Na Ásia, a sessão terminou mista, com o Nikkei a valorizar 0,14%, o Topix na linha de água a deslizar 0,09%, enquanto em Hong Kong o Hang Seng caiu 2,9% e Xangai mergulhou 0,77%.
O mercado foi sobretudo afetado pelas ações da fabricante de alumínio russa Rusal, cotada em Hong Kong, que caíram mais de 4%, dando continuidade às perdas desta semana, depois da companhia ter anunciado na segunda-feira que estava a avaliar o impacto de uma proibição imposta pelo governo australiano no domingo.
A sessão foi ainda pressionada pelas ações da JD Logistics que tombaram mais de 14%. A empresa pretende levantar mais mil milhões de dólares norte-americanos, através de uma venda de ações, vendendo cada ação por 20,71 dólares.
Incerteza domina cotação do petróleo que oscila entre ganhos e perdas
O petróleo oscila entre ganhos e perdas, enquanto a UE e os EUA parecem estar prontos para anunciar um acordo esta sexta-feira para reduzir a dependência do bloco do gás russo.
No mercado nova-iorquino, o Wes Texas Intermediate (WTI) segue a desvalorizar 0,08% para 112,09 dólares por barril, enquanto no Intercontinental Exchange em Londres, o Brent do Mar do Norte sobe 0,11%, estando o barril a ser cotado em 119,16 dólares.
O presidente dos EUA, Joe Biden, pode anunciar esta sexta-feira um plano para aumentar as remessas de gás natural dos EUA para a Europa, depois de o bloco ter recusado impor novas sanções contra as importações do petróleo russo, devido à oposição de alguns Estados membros, como a Áustria.
A cotação do petróleo subiu ao longo dos últimos quatro meses e atingiu o nível mais alto desde 2008 no início de março, quando a invasão da Ucrânia agitou os mercados de commodities, já fortemente pressionados pela disrupção da procura, no contexto pós-pandemia. 
"O mercado confrontou-se com o facto de que parece pouco provável que vejamos uma proibição da UE [no que toca ao petróleo russo]", observou Warren Patterson, chefe do gabinete de estratégia de commodities do ING, citado pela Bloomberg. No entanto, "ainda vai haver muito barulho sobre as novas sanções ou proibições de petróleo nos próximos dias e semanas e essa incerteza significa que o mercado irá provavelmente continuar a ser negociado de maneira volátil", alertou o especialista.
A interrupção da oferta no Mar Negro, devido a uma tempestade que assolou a região e provocou danos nos portos, que ajudou a subir a cotação do petróleo, também já parece estar a desaparecer pouco a pouco.
Ouro a um passo da terceira semana de ganhos. Euro sobe com deslize do dólar
Ouro a um passo da terceira semana de ganhos. Euro sobe com deslize do dólar
Um mês depois do início da guerra na Ucrânia, o ouro está a caminho da terceira semana de ganhos, à medida que os investidores se sentem cada vez mais atraídos por este ativo refúgio.
 
O metal amarelo segue na linha de água (-0,08%) para 1.955,68 dólares a onça, depois de subir quase 2% nas últimas duas sessões, após os EUA terem anunciado uma nova onda de sanções contra Moscovo e o Tesouro norte-americano ter proibido negociações, inclusivamente de ouro, entre os seus cidadãos e a Rússia. O metal precioso subiu cerca de 2% esta semana, segundo os dados compilados pela Bloomberg.
 
A guerra na Europa está a alimentar as  pressões inflacionistas nas principais economias do mundo devido ao temor de que o fornecimento russo de commodities, incluindo gás, trigo, alumínio e níquel, seja interrompido. 
 
Segundo a Bloomberg, este fenómeno chegou a favorecer o ouro puxando-o para o verde numa ótica semanal apesar da política falcão da Reserva Federal norte-americana, que tende a encaminhar os investidores para as dívidas soberanas, já que o metal amarelo não remunera juros. 
O foco do mercado está a voltar "para o papel do ouro como um ativo refúgio contra a inflação", disse John Feeney, gestor da Guardian Vaults em Sydney, citada pela Bloomberg.
 
O Morgan Stanley aponta para que o ouro chegue aos dois mil dólares a onça, já no segundo trimestre deste ano.
 
No mercado cambial, o índice do dólar da Bloomberg -- que compara a "nota verde" com 16 divisas rivais -- está a cair 0,28% para 98,58 pontos, enquanto o euro segue a ganhar, somando 0,29% para 1,1029 dólares.
Juros aliviam na zona euro
Juros aliviam na zona euro
Os juros estão a aliviar na zona euro, depois de um dia marcado pelo agravamento expressivo das yields das principais dívidas soberanas europeias a dez anos.
 
Os juros das bunds alemãs a dez anos -- referência para o mercado europeu -- estão a descer 0,9 pontos base para 0,518%, depois de ontem terem alcançado o nível mais alto desde que a yield das obrigações alemãs com esta maturidade entraram em território positivo, renovando máximos de 2018.
 
Já os juros da dívida soberana italiana com a mesma maturidade caem 1,0 pontos base para 2,040%, enquanto a yield da dívida francesa a dez anos alivia 1,4 pontos base para 1,963%.
 
Na Península Ibérica a tendência também é de alívio. Os juros da dívida nacional a dez anos estão a cair 1,7 pontos base para 1,269%. Desde o dia sete de fevereiro, que a yield com esta maturidade das obrigações portuguesas está acima de 1%. 
 
Por sua vez, os juros da dívida espanhola com a mesma maturidade aliviam 1,8 pontos base para 1,391%.
Europa negoceia na linha de água. Lisboa com ganho mais expressivo
Europa negoceia na linha de água. Lisboa com ganho mais expressivo
As praças europeias abriram na linha de água, lutando por encontrar uma tendência, com a maior partes das bolsas do bloco a serem negociadas no vermelho, à medida que os investidores avaliam a possibilidade de um cenário de estagflação, que conjugue o galopar do índice de preços e o abrandamento económico. 
O "benchmark" europeu por excelência, o Stoxx 600, segue a desvalorizar 0,19% para 452,24 pontos. Dos 20 setores que compõe o índice, apenas quatro estão em território positivo. Imobiliário (0,58%) e setor alimentar (0,22%) lideram ganhos. Banca (-0,71%) e setor automóvel (-0,43%) comandam as perdas.
Após a recuperação na semana passada das perdas provocadas pela invasão da Ucrânia pela Rússia, o benchmark está num nível ligeiramente mais baixo esta semana, numa altura que os bancos centrais sinalizam uma política monetária mais agressiva para combater a inflação, expressa sobretudo nos índices de preços das matérias-primas. Neste momento, o Stoxx 600 está 8% abaixo do recorde batido em janeiro, segundo os dados compilados pela Bloomberg.
Nas restantes praças europeias, o espanhol IBEX está na linha de água, a desvalorizar 0,01%, o alemão DAX também está a acompanhar esta tendência, com perdas ligeiras (-0,02%). Londres cai 0,24%, Amesterdão mergulha 0,13%, enquanto Milão soma 0,14% e Lisboa sobe 0,30%, o ganho mais expressivo do bloco.
"O dinheiro está a fugir da Europa. No final do trimestre, parece-me que os volumes também secaram. Os EUA são o paraíso final para os investidores", defendeu Keith Temperton da Forte Securities, citada pela Bloomberg.
Bolsa de Moscovo perde mais de 2% ao segundo dia de negociação. Gazprom tomba mais de 7%
Bolsa de Moscovo perde mais de 2% ao segundo dia de negociação. Gazprom tomba mais de 7%
A bolsa de Moscovo caiu ao segundo dia de negociação, depois de quase um mês de portas fechadas.

O índice de referência russo, Moex, segue a desvalorizar 2,6%, depois de ter encerrado a sessão encurtada de ontem a ganhar 4,4%. A pressionar o índice estão sobretudo a gigante do gás russo, Gazprom, que afunda 7,16%, enquanto a petrolífera Lukoil mergulha 4,02% e o maior banco da Rússia, o Sberbank -- que entretanto fechou as suas subsidiárias na Europa ocidental, -- tomba 4,14%. A empresa agrícola PhosAgro lidera os ganhos, com uma subida de 7,39%.

Estes movimento surgem no mesmo dia em que o Conselho Europeu debate uma nova forma de combater a dependência europeia do setor energético russo, esperando-se até ao final do dia de hoje a assinatura de um acordo de abastecimento entre os EUA e a União Europeia.

As negociações da bolsa de Moscovo arrancaram de forma controlada esta quinta-feira, um mês depois de o Moex ter caído cerca de 33%, no âmbito da invasão russa à Ucrânia. Para garantir um ambiente de liquidez, o Kremlin decretou a proibição de vendas a descoberto ("short-selling"), pelo que os investidores não podem especular no sentido de ganhar com a desvalorização das ações, além de que os investidores não residentes vão continuar impedidos de negociar até 1 de abril. Das 50 cotadas, apenas 33 estão abertas à negociação.

Esta decisão de Moscovo surge numa altura em que e o país foi atingido por sanções sem precedentes, limitando a sua capacidade de aceder a reservas estrangeiras e ao sistema internacional de trocas bancárias SWIFT, assim como de emitir eurobonds.

Para Dmitry Polevoy, analista da Locko-Invest em Moscovo, esta inversão de tendência entre as suas sessões pode ser explicada pelo facto de "ontem o tema principal era o dinheiro quente, que procurava compras táticas", enquanto "hoje, vemos algumas vendas e mais atividade de pessoas que ficaram de lado ontem e que parecem estar a impulsionar esta mudança", acrescentou o especialista.

"A descoberta dos preços [das ações] vai levar tempo, pois é difícil avaliar corretamente novos preços justos. A questão das sanções ainda está em aberto", sublinhou o analista.

A Casa Branca criticou a retomada parcial das negociações de ações, apelidando-a de "abertura do mercado Potemkin", defendendo que não é um mercado real. A Bolsa de Moscovo disse que a participação de investidores individuais no volume de negócios de quinta-feira foi de 58%.
EUA e UE fecham acordo de fornecimento de gás
Os Estados Unidos e a União Europeia anunciaram esta sexta-feira a celebração de um acordo de fornecimento de gás natural de Washington aos Estados membros para diminuir a dependência do bloco europeu da Rússia.

O compromisso implica o envio, até ao final de 2022, de 15 mil milhões de metros cúbicos de gás. Já até 2030, o acordo estipula um fornecimento de 50 mil milhões de metros cúbicos, indica a Bloomberg.

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China e Turquia podem começar a pagar em bitcoin petróleo e gás russos
Perante as sanções que abalam a Rússia, o país está a ponderar aceitar bicoin como meio de pagamento para as exportações de gás e petróleo.

O presidente da comissão de energia da Duma (Parlamento russo), Pavel Zavalny, foi quem admitiu esta possibilidade, afirmando que quando se trata de países "amigáveis", como a China ou a Turquia, a Rússia está disposta a ser mais flexível com as opções de pagamento.

"Estamos a propor à China há muito tempo optar por rublos e yuan", explicou Zavalny, durante uma conferência de imprensa esta quinta-feira. "No caso da Turquia, será lira e rublos. Mas também é possível negociar em bitcoin", acrescentou o parlamentar.

Zavalny apoiou ainda a promessa de Vladmir Putin, que segundo a Interfax, avançou que os países considerados "hostis" à Rússia podem começar a pagar o gás em rublos.

A bitoin reagiu em alta a esta notícia, estando a valorizar 2,60% nas últimas 24 horas para 44.129,75 dólares.
União Europeia pode considerar limites ao preço do gás “se necessário”

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a Comissão não fecha a porta a possíveis limites de preços, caso tal se revele necessário. 


Devido à guerra na Ucrânia, os preços da energia, nomeadamente a eletricidade e o gás natural, estão a registar significativas subidas. Perante esse cenário, a Comissão Europeia pretende anunciar em maio algumas "opções para otimizar o design do mercado de eletricidade, para que possa apoiar melhor a transição verde", escreveu von der Leyen no Twitter. 


Na mesma publicação, explicou que a Comissão Europeia irá também apresentar uma proposta para deixar gradualmente as energias fósseis russas do mix energético europeu até 2027. 


A presidente da Comissão Europeia explicou também que "para baixar os preços e manter a nossa segurança energética a longo prazo, temos de olhar para a raiz da causa do preço da energia". 

Preços do gás natural a aliviar com acordo entre EUA e União Europeia
Preços do gás natural a aliviar com acordo entre EUA e União Europeia
Os preços do gás natural estão a aliviar no mercado europeu, depois de terem subido cerca de 2% durante a manhã. 

O preço do gás natural está a ser influenciado sobretudo por um acordo entre os Estados Unidos e a União Europeia, que permitirá aumentar o fornecimento de gás natural liquefeito vindo dos EUA, até ao final de 2022. Assim, até ao final do ano, a Europa irá receber pelo menos 15 mil milhões de metros cúbicos de gás natural, numa altura em que o bloco europeu desenvolve esforços para se livrar da dependência russa nesta matéria.

Mesmo com o mercado europeu a chegar a um acordo com os Estados Unidos, que permite que chegue à Europa mais gás natural, surgiram alguns receios de que o acordo não seja suficiente para substituir o fornecimento que chega da Rússia. Assim, durante a manhã, os futuros do gás natural em Amesterdão, o "benchmark" para a Europa, chegaram a subir 2,75% para 114,68 euros por MW/h. 

Nesta altura, o gás natural já inverteu a tendência e está a aliviar 5,38% em Amesterdão, para 105,600 euros.
Chinesa Sinopec terá suspendido conversações para investimento na Rússia
A Sinopec, a empresa de energia chinesa e fornecedora de produtos químicos, terá suspendido as conversações para um investimento na área da petroquímica na Rússia.

A informação é avançada pela agência Reuters, que cita fontes não identificadas. Estas conversações envolveriam também uma parceria na área de marketing na Rússia.

A Reuters avança que esta suspensão de uma fábrica na Rússia "destaca os riscos, mesmo para o parceiro diplomático mais importante da Rússia, de sanções pesadas e inesperadas, impostas pelo Ocidente". 
Wall Street negoceia mista
Wall Street negoceia mista
Wall Street arrancou a sessão no verde, tendo entretanto tomado uma tendência mista, à medida que os investidores avaliam os mais recentes desenvolvimentos da guerra na Ucrânia, assim como a política monetária "falcão" da Reserva Federal norte-americana (Fed).

O "benchmark" mundial por excelência, S&P 500, segue a valorizar 0,11% para 4,525,20 pontos, enquanto o industrial Dow Jones sobe 0,16% para 34.764,34 pontos.

Já o tecnológico Nasdaq Composite cai 0,20% para 14.163,93 pontos.

A energia continua a ser o setor que lidera a sessão (42,4%), enquanto as tecnológicas comandam as perdas (-13,47%) depois de ontem terem sido as que deram mais fôlego às bolsas norte-americanas.

Já os juros da dívida soberana dos EUA continuam a disparar esta sexta-feira, com os investidores a apostarem menos nas obrigações e a preferirem as ações.

As obrigações norte-americanas do Tesouro estão a caminho do pior desempenho trimestral em quase quatro décadas.

Os investidores continuam a digerir o disparo dos preços da matérias-primas, à medida que a economia russa se isola do mundo, alimentando a expectativa de uma inflação mais elevada, o que potenciará uma política monetária (ainda mais agressiva) por parte da Reserva Federal norte-americana (Fed). A garantia foi dada pelo próprio presidente do banco central, Jerome Powell, no início desta semana e apoiada por vários líderes regionais no decorrer dos últimos dias.

Já no plano geopolítico, o governo Biden está cada vez mais preocupado com a possibilidade de o presidente russo Vladimir Putin recorrer às armas químicas. Esta sexta-feira, Washington voltou a desferir um duro golpe contra a economia russa, ao assinar um acordo de abastecimento com Bruxelas que permite à Europa eliminar gradualmente a dependência de gás russo.
Rússia diz que principais objetivos na Ucrânia "foram cumpridos". "Libertação de Donbass" é objetivo central
Sergei Rudskoi, um dos principais nomes das forças militares da Rússia, prestou esta sexta-feira algumas declarações sobre esta guerra na Ucrânia. 

Citado pela agência estatal russa Interfax, Rudskoi afirmou que os objetivos principais nesta primeira fase da ofensiva na Ucrânia terão sido cumpridos. 

"Os objetivos principais da primeira fase da operação foram geralmente cumpridos", cita a Interfax. "O potencial de combate das Forças Armadas da Ucrânia foi reduzido, o que, sublinho, torna possível focarmo-nos nos esforços principais para o nosso objetivo, que é a libertação de Donbass", refere o texto da agência. 

São ainda avançados alguns números sobre as baixas no lado russo: "1.351 mortos e 3.825 feridos". 

Ao longo deste mês de invasão à Ucrânia, o Kremlin tem afirmado que avançou para solo ucraniano com o intuito de "desnazificar e desmilitarizar a Ucrânia". Em todas as intervenções do lado russo, esta guerra é descrita por Putin como uma "operação militar especial".
Gazprom está a pedir a parceiros comerciais para que paguem importações de gás em euros
Gazprom está a pedir a parceiros comerciais para que paguem importações de gás em euros
Face às pesadas sanções de que é alvo devido à invasão russa da Ucrânia, a petrólifera estatal Gazprom está a pedir aos seus parceiros comerciais para que passem a pagar o gás importado em euros.

A notícia é avançada pela Reuters, que revela que a Gail, empresa que faz o processamento e distribuição de gás natural na Índia, foi uma das empresas a quem a Gazprom pediu para deixar de pagar as importações de gás em dólares. Ao invés disso, a Gazprom quer que os pagamentos passem a ser feitos em euros.

A medida é um sinal de que a Rússia está a procurar evitar trocas comerciais em dólares norte-americanos. O presidente russo, Vladimir Putin, disse na quarta-feira que a Rússia em breve exigirá que os países "hostis" paguem pelo gás natural em rublos.

A União Europeia, que é fortemente dependente do gás russo, tem pago as importações em euros. 

A fontes da empresa dissem que "a Gail não vê nenhum problema em fazer os pagamentos em euros, já que os países europeus também estão a pagar as importações em euros". Mas ainda está a avaliar o pedido.

A Gail tem um acordo de importação de gás de longo prazo com a Gazprom Marketing & Trading de Singapura, para comprar anualmente 2,5 milhões de toneladas de gás natural liquefeito.
Finlândia suspende ligação ferroviária à Rússia

A Finlândia vai suspender a ligação por comboio à Rússia - até aqui uma das poucas formas de transporte público a ligar a União Europeia e a Rússia. 

O operador nacional de transporte ferroviário anunciou esta sexta-feira a suspensão do serviço que liga Helsínquia a São Petersburgo, na Rússia. 

A decisão terá sido tomada tendo em conta as pesadas sanções que estão a ser aplicadas à Rússia, como forma de condenar a invasão levada a cabo pelo Kremlin à Ucrânia. A VR, a empresa que opera o serviço, considerou que já não era apropriado assegurar esta ligação, conhecida como Allegro. 

A agência Reuters indica que, desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, este comboio tem estado cheio de russos a tentar escapar para território da União Europeia. 

A fronteira entre a Finlândia e a Rússia continuará aberta para as viagens de viaturas privadas. 

“A democracia vai prevalecer”, diz Joe Biden
“A democracia vai prevalecer”, diz Joe Biden

Num discurso perante as tropas da NATO, esta sexta-feira, na Polónia, o Presidente dos Estados Unidos frisou que o Ocidente quer ajudar a Ucrânia e trabalhar para "impedir um massacre". 


"É uma luta entre a democracia e a oligarquia", disse o governante norte-americano. "Criam-se menos democracias do que as que foram perdidas no mundo", continuou, reforçando que acredita que a "democracia vai prevalecer". 


Os EUA têm na Polónia, na base da NATO, mais de quatro mil militares. Devido ao conflito na Ucrânia, este número tem vindo a ser reforçado ao longo dos últimos meses.  


Biden agradeceu o trabalho das forças militares da NATO, agradecendo pelos trabalhos de defesa de território dos membros da organização. "Estamos a tentar ajudar o povo ucraniano e a impedir um massacre", disse. 

Joe Biden está esta semana na Europa, onde já participou na cimeira da NATO, na reunião do G7 e no Conselho Europeu. 

Petróleo inverte e já sobe 1% com novo ataque a instalações sauditas
Petróleo inverte e já sobe 1% com novo ataque a instalações sauditas

Os preços do “ouro negro” estavam a negociar em baixa, mas inverteram e já sobem perto de 1% após a notícia de mais um ataque a instalações da Arábia Saudita.

 

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a somar 0,95% para 120,16 dólares por barril.

 

Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a ganhar 0,98% para 113,44 dólares por barril.

 

Os meios de comunicação estão a avançar que houve novo ataque a instalações sauditas de energia.

 

Um projétil caiu numa estação de distribuição de eletricidade em Samtah, provocando um pequeno incêndio, refere a agência Saudi Press.

 

O ataque atingiu os tanques da Companhia Nacional de Águas, refere por seu lado o canal Al-Arabiya. Veículos civis e uma zona residencial foram igualmente atingidos e os rebeldes hutis já reivindicaram.

 

No fim de semana passado houve um ataque a um terminal de petróleo saudita, reivindicado também por rebeldes hutis. O ataque causou uma queda temporária na produção e ajudou a elevar o preço do petróleo.

Euro e libra a valorizar. Rublo soma mais de 1% contra euro e dólar
Euro e libra a valorizar. Rublo soma mais de 1% contra euro e dólar
O euro e a libra estão a registar ganhos ligeiros nesta altura da sessão, com a moeda única a reagir à divulgação de indicadores mais modestos sobre a confiança dos consumidores na Alemanha. A confiança dos consumidores atingiu o nível mais baixo desde os primeiros meses da pandemia.

Assim, o euro está a apreciar 0,06% face ao dólar, para 1,1004 dólares. A moeda única começa assim a recuperar das duas sessões anteriores no vermelho.

A libra esterlina, por sua vez, está a valorizar 0,09% perante o dólar, para 1,3199 dólares. Também a moeda britânica sai de terreno negativo, onde permanecia há duas sessões. 

Já o dólar está a cair perante um cabaz de divisas rivais, a tombar 0,15%. A "nota verde" interrompe a série de duas sessões consecutivas a registar ganhos, animada pelas declarações da Fed sobre uma subida das taxas de juro.

Nota ainda para o rublo, a moeda russa, que está a valorizar tanto contra o euro como face ao dólar, após tombos expressivos de mais de 5% na sessão anterior. O rublo avança 1,12% perante o euro e soma 1,84% face ao dólar. 
Juros das dívidas soberanas invertem tendência e voltam a agravar
Juros das dívidas soberanas invertem tendência e voltam a agravar
Os juros das dívidas soberanas, que até começaram o dia a aliviar, inverteram a tendência e estão nesta altura a agravar de forma generalizada. 

No caso dos juros das obrigações a dez anos, é vista uma subida na yield de países como Alemanha, Itália, Espanha ou Portugal. 

Os juros das bunds alemãs a dez anos, a referência no bloco europeu, estão a agravar 3,4 pontos base, para uma taxa de 0,561%. Este é o valor mais elevado destes juros esta semana, que está já próximo de valores de outubro de 2018. 

Os juros da dívida italiana também estão a subir esta tarde. Nesta altura agravam-se em 1,9 pontos base para uma taxa de 2,069%. Desde o início da semana que os juros italianos a dez anos têm estado acima de 2%, com exceção de um dia, em que recuaram até 1,9%. Assim, a yield italiana regressa a valores de quase dois anos. 

O cenário é semelhante na Península Ibérica. Os juros da dívida espanhola estão a avançar 2,2 pontos base, para 1,432%, a rondar valores de janeiro de 2019. 

Já os juros portugueses, também a dez anos, estão acima de uma taxa de 1,3%, mais concretamente nos 1,309%, depois de uma subida de 2,2 pontos base. Desde dia 9 de março que os juros da dívida portuguesa têm registado valores acima de 1%. 
Bolsas europeias sobem mas semana é negativa
Bolsas europeias sobem mas semana é negativa

As bolsas europeias fecharam esta sexta-feira quase generalizadamente em alta, mas o índice de referência Stoxx 600 teve um saldo negativo de 0,2% no acumulado entre segunda e sexta-feira, numa altura em que os investidores avaliam as perspetivas para o crescimento económico, por entre uma subida dos juros das dívidas soberanas e a guerrra na Ucrânia.

 

O Stoxx 600 fechou a somar 0,12% nesta sexta-feira, para 453,62 pontos, mas no conjunto das cinco sessões perdeu 0,2% – depois de na semana passada ter registado a melhor semana desde novembro de 2020.

 

O índice de referência europeu voltou assim a um saldo semanal vermelho, depois de duas semanas consecutivas em alta. Ainda assim, a perda foi marginal e está a pouco mais de 1% de recuperar de todas as perdas incorridas desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, a 24 de fevereiro.

Os restantes índices mais relevantes da Europa Ocidental também recuaram na semana, com exceção do português PSI.

 

Na sessão desta sexta-feira, os setores do petróleo, imobiliário e telecomunicações foram os que deram maior impulso à tendência de subida. Os preços do crude regressaram às subidas, depois de uma abertura em baixa, sustentados por um novo ataque dos rebeldes hutis a instalações energéticas sauditas.

 

Já os setores dos bens industriais e da construção registaram uma queda no dia de hoje.

 

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,22%, o italiano FTSEMIB avançou 0,64%, o britânico FTSE 100 subiu 0,21% e o espanhol IBEX 35 pulou 0,31%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,42%.

 

Já o francês CAC-40 desvalorizou marginalmente, a deslizar 0,032%.


HSBC estará a intensificar escrutínio a clientes russos
HSBC estará a intensificar escrutínio a clientes russos

O HSBC estará a intensificar o escrutínio a clientes russos e também a evitar potenciais clientes da mesma nacionalidade. A informação é avançada pela agência Reuters, que cita duas fontes com conhecimento do assunto. 


Também a concessão de créditos a clientes com origem na Rússia estará a ser evitada. De acordo com a agência, esta é uma forma de o HSBC conseguir minimizar os efeitos das sanções crescentes que estão a ser aplicadas contra Moscovo. As sanções contra a Rússia têm sido uma das formas utilizadas por diversas potências globais para condenar a invasão da Ucrânia. 

Leia a peça completa aqui.

Spotify vai suspender serviço na Rússia
Spotify vai suspender serviço na Rússia

O serviço de streaming de música Spotify anunciou que vai suspender o serviço no mercado russo, em resposta à nova lei do país para os media. 

A nova legislação pretende tornar ilegal na Rússia reportar qualquer assunto que possa "descredibilizar" as forças militares russas. 

"O Spotify continua a acreditar que é crucialmente importante tentar manter o nosso serviço operacional na Rússia para disponibilizar uma fonte de confiança, notícias e informação independente para a região", diz o Spotify, em comunicado. "Infelizmente, a legislação recente cria mais restrições ao acesso a informação, eliminando a liberdade de expressão e a criminalizar certos tipos de notícias que põem a segurança dos empregados do Spotify em risco e possivelmente até os nossos ouvintes em risco". 

É expectável que o serviço deixe de estar disponível na Rússia a partir de abril. 

No início do mês, a empresa sueca já tinha encerrado os escritórios na Rússia, devido ao ataque à Ucrânia. 

Também outro serviço de streaming, neste caso a Netflix, já suspendeu o serviço na Rússia.

Concerto de apoio à Ucrânia na Casa da Música
Concerto de apoio à Ucrânia na Casa da Música

Na próxima quarta-feira, 30 de Março, pelas 21 horas, a Casa da Música, no Porto, recebe um concerto de apoio à Ucrânia, promovido pela Ordem dos Médicos.

 

O Concerto de Solidariedade e de Angariação de Fundos para o povo ucraniano é, segundo os promotores, uma iniciativa que surge "perante a terrível guerra que a Ucrânia vive e à qual o mundo assiste como a maior crise europeia e humanitária do séc. XXI".

 

O valor total da venda dos bilhetes, que custam 20 euros, e dos donativos reverte a favor do "Comité Internacional da Cruz Vermelha – Apoio à Crise Humanitária na Ucrânia", "Cruz Vermelha Ucraniana" e "Programa Alimentar Mundial da ONU – Emergência Ucraniana", organizações humanitárias que operam na Ucrânia.

 

O programa, a interpretar pela Orquestra APROARTE, sob a direcção do maestro Ernst Schelle, integra obras de Ludwig van Beethoven, Piotr Ilitch Tchaikovsky, Mykola Lisenko, Myroslav Skoryk e Antonín Dvorjak, e conta com a participação de Nataliya Stepanska, soprano ucraniana residente em Portugal.

 

O concerto é promovido pela Ordem dos Médicos, com o apoio da Câmara do Porto, da Universidade do Porto, da Orquestra Sinfónica APROARTE e da Casa da Música.

Primeira fase da invasão concluída "de um modo geral", diz Rússia
Primeira fase da invasão concluída 'de um modo geral', diz Rússia

A Rússia parece estar a recuar nos objetivos da sua "operação especial" na Ucrânia. O Ministério russo da Defesa informou esta sexta-feira que as suas operações militares estão concluídas "de um modo geral", avançando que a Rússia se focará na "libertação" da região do Donbass, no Leste da Ucrânia.

 

O Ministério russo da Defesa referiu que os separatistas, apoiados pela Rússia, controlam agora 93% de Luhansk e 54% de Donetsk, as autoproclamadas repúblicas do Leste ucraniano – que, juntas, são conhecidas como a região do Donbass.

 

"Os principais objetivos da primeira fase da operação foram cumpridos de um modo geral", declarou Sergei Rudskoi, representante superior do Estado-Maior General da Rússia, citado pelo The Guardian.

 

A Rússia parece assim estar a dar sinalizar que a invasão da Ucrânia pode estar a ficar com objetivos mais limitados, ao dizer que o principal propósito da operação era a "libertação do Donbass", sublinha o jornal britânico.

 

"O potencial de combate das Forças Armadas da Ucrânia foi consideravelmente reduzido, o que permite que foquemos os nossos esforços na obtenção do principal objetivo, a libertação do Donbass", referiu Rudskoi.

 

Recorde-se que a Rússia invadiu e anexou a península ucraniana da Crimeia em 2014, depois de o então Presidente pró-russo Viktor Ianukovich ter sido destituído por querer impedir a integração europeia do país.

 

Na mesma altura, eclodiu uma guerra separatista no Donbass, no leste da Ucrânia, com apoio de Moscovo, que provocou 14.000 mortos em oito anos, apesar da assinatura dos Acordos de Paz de Minsk em fevereiro de 2015.

 

Antes de anunciar a atual "operação militar especial" na Ucrânia em 24 de fevereiro, o Presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu a independência das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, no Donbass.

 

Putin utilizou como um dos argumentos para a invasão o alegado "genocídio" cometido pelo exército ucraniano contra os habitantes do Donbass, onde mais de 700.000 pessoas receberam passaportes russos nos últimos anos.

MNE russo nega invasão da Ucrânia
MNE russo nega invasão da Ucrânia

A agência Associated Press (AP) refere que o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, nega que a Rússia tenha invadido a Ucrânia.

 

"Falando na Turquia sobre um potencial cessar-fogo, Lavrov disse que as preocupações em torno de baixas civis são ‘gritos patéticos’ por parte dos inimigos da Rússia e negou que a Ucrânia tenha sequer sido invadida", aponta a AP.

 

Os responsáveis russos têm negado ataques a quaisquer alvos civis, considerando "fake news" as atrocidades documentadas e dizendo que os civis fotografados mortos e feridos eram "atores da crise".

Autoridades europeias acusam Rússia de "roubar" aviões alugados no estrangeiro
Altos funcionários europeus acusaram hoje a Rússia de "roubar" centenas de aviões alugados no estrangeiro, ao permitir que essas aeronaves fossem registadas no seu território, o que representa milhares de milhões de euros de prejuízos aos locadores.

A informação é avançada hoje pela agência de notícias France Presse (AFP), que afirma que as companhias aéreas russas têm até segunda-feira para devolver os aviões, ao abrigo das sanções aeronáuticas da UE adotadas após as forças russas terem invadido a Ucrânia.

Em causa está uma lei promulgada pelo presidente Vladimir Putin de 14 de março que veio autorizar as companhias aéreas do país a registar na Rússia os aviões que alugam no estrangeiro para que possam voar com eles no país.

A medida permite às companhias continuar a utilizar as aeronaves para voos domésticos, mas essas seriam apreendidas se voassem para o estrangeiro, explica a AFP.

"A maioria dos aviões em que eles (os russos) poderiam voar para o estrangeiro são aviões alugados, de origem europeia ou americana, que foram agora roubados aos seus legítimos proprietários, os locadores", disse o diretor-geral dos transportes da Comissão Europeia, Henrik Hololei, citado pela AFP.

Ao registar novamente as aeronaves na Rússia, as autoridades do país "violaram gravemente as leis do transporte aéreo internacional, e a lei básica da aviação civil, a Convenção de Chicago", acusou Hololei, durante uma conferência online do organismo europeu de controlo do tráfego aéreo (Eurocontrol).

"Uma enorme quantidade de bens foi de facto roubada pelos russos", acrescentou o director-geral da Eurocontrol, Eamonn Brennan, explicando que "existem cerca de 10 mil milhões (de euros) em bens, mais de 500 aviões apreendidos pelos russos e registados na Rússia, o que cria uma situação muito difícil para os locadores e seguradoras europeias".

A 12 de março, a Autoridade da Aviação Civil das Bermudas, onde várias centenas de aviões russos estavam registados, anunciou que retirava a sua certificação a partir do dia seguinte, abrindo o caminho para a proibição de voos.

Lusa
Putin promulga lei que pune "informações falsas" sobre ações de Moscovo no estrangeiro
Putin promulga lei que pune 'informações falsas' sobre ações de Moscovo no estrangeiro
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou hoje a lei que pune com até 15 anos de prisão a divulgação de "informações falsas" sobre as ações de Moscovo no estrangeiro.

A adoção desta lei permite ao Kremlin [presidência russa] ter uma arma repressiva adicional sobre a divulgação de notícias relativas à invasão russa da Ucrânia.

O decreto, cuja assinatura presidencial de Vladimir Putin marca a entrada em vigor da lei, pune a "divulgação pública de informações falsas sob o pretexto de informações credíveis" sobre as "atividades dos órgãos estatais russos fora do território russo".

A pena prevista aumenta para 15 anos de prisão se a "informação falsa" resultar "em consequências graves".

Esta lei complementa outra adotada no início de março, que prevê até 15 anos de prisão para a divulgação de "informações falsas" sobre o exército russo.

No início de março o Kremlin tinha defendido a necessidade de "firmeza" na nova lei que reprime "informações falsas" para enfrentar uma "guerra de informação" que diz estar a ser travada contra a Rússia no âmbito do conflito na Ucrânia.

Lusa
França convoca embaixador russo por causa de desenhos "inaceitáveis"
O embaixador russo em Paris foi hoje convocado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, após a publicação de cartoons na sua conta do Twitter que foram considerados "inaceitáveis" pela diplomacia francesa.

"Estas publicações são inaceitáveis. Deixámos isto claro hoje ao embaixador russo", Alexei Mechkov, afirmou o gabinete do ministério francês citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Um dos desenhos mostra europeus de joelhos a lamber as nádegas do "Tio Sam" (a imagem que personifica os Estados Unidos) com a legenda em inglês "European solidarity as it is" ("A solidariedade europeia tal como ela é").

A segunda banda desenhada representa uma Europa doente, deitada numa cama, a ser injetada pelos seus carrascos - os Estados Unidos e a União Europeia - com várias substâncias chamadas "neonazismo", "Russofobia" ou "covid-19".



"Estamos a tentar manter um canal de diálogo com a Rússia, mas estas "ações são perfeitamente inadequadas", acrescentou o ministério, referindo-se à guerra iniciada há um mês pela Rússia, que invadiu a Ucrânia.

A embaixada russa confirmou à AFP que "a questão do tweet publicado foi levantada, entre outros pontos" durante a reunião que se realizou hoje. Já quanto ao tweet, que apareceu na quinta-feira, foi entretanto retirado.

Por seu turno, o embaixador russo "chamou a atenção" dos "colegas franceses para as provocações e atos de vandalismo contra as representações diplomáticas russas em França".
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