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Energias alternativas podem substituir gás russo

Face à grande dependência dos Estados-membros em relação à Rússia, a União Europeia tem em cima de mesa uma proposta para avançar rapidamente com a iniciativa REPowerEU

21 de Março de 2022 às 11:35
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Na sequência da invasão russa à Ucrânia, a Comissão Europeia propôs a eliminação progressiva da dependência de combustíveis fósseis da Rússia antes do final da década.

 

A aposta deverá passar agora pelo GNL e também pelas energias renováveis, o que pode significar uma efetiva redução das importações do gás russo, em dois terços até ao final do ano.

 

A ideia de Bruxelas passa por avançar com a iniciativa REPowerEU, que tem por base a necessidade de "diversificar o fornecimento de gás, acelerar a utilização de gases renováveis e substituir o gás no aquecimento e na produção de energia por fontes renováveis".

 

Estas medidas só serão possíveis se a Europa comunitária trabalhar em uníssono para "aumentar a resiliência do sistema energético a nível da UE baseado em dois pilares", um dos quais assente na "redução mais rápida da utilização de combustíveis fósseis" em infraestruturas como edifícios, indústria e sistema de energia, através do aumento da eficiência energética, do recurso às energias renováveis e à eletrificação.

 

Recorde-se que o pacote legislativo Objetivo 55, da CE, referente à energia e ao clima, tinha como base a efetiva redução do consumo anual de gás fóssil da UE em 30% até 2030.

 

A UE importa atualmente 90% de todo o gás que consome, sendo a Rússia responsável por 45% dessas importações, mas também por 25% das importações de petróleo e 45% das importações de carvão da UE.

 

Ao divulgar um plano de ação para energia mais acessível, segura e sustentável, ao mesmo tempo que procura afastar-se da dependência russa, a União Europeia apela à utilização de energias renováveis e ao desenvolvimento de projetos neste campo, bem assim como à necessidade de reconstituir as reservas de gás para o próximo inverno.

 

Estas podem ser também formas de os Estados-membros responderem à escalada dos preços energéticos, nomeadamente da eletricidade, existindo ainda a possibilidade de "regular os preços perante circunstâncias excecionais", indica a instituição europeia em informação à imprensa.

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