Notícia
Europa tem capacidade energética para sobreviver ao próximo inverno sem a Rússia
Um estudo da organização Bruegel mostra que, com alguns sacrifícios e uma boa dose de improviso, é possível ao bloco europeu sobreviver ao próximo inverno sem o fornecimento de gás russo.
Um estudo da organização Bruegel, divulgado esta segunda-feira e citado pela Bloomberg, revelou que - mesmo sem o fornecimento do gás da Rússia, - a União Europeia (UE) tem capacidade para sobreviver ao próximo inverno sem grandes danos à sua economia.
Para tal, os estados-membros teriam que reduzir as suas necessidades energéticas entre 10% e 15%. E caso a empresa russa Gazprom cumpra as suas obrigações contratuais de longo termo já acordadas e continue a fornecer o bloco europeu, as reservas voltarão a ficar cheias ainda antes da estação quente, indicam os investigadores.
O risco de quebras no fornecimento de energia provocadas pela invasão à Ucrânia foi um dos assuntos abordados pelos ministros do ambiente do grupo dos 27, numa reunião de urgência que teve lugar esta segunda-feira, em Bruxelas.
"A invasão da Ucrânia pela Rússia é um momento decisivo para a União Europeia, que também terá de rdesenhar o seu mapa energético", avançou Simone Tagliapietra, uma das autoras do relatório. "A nossa principal mensagem aqui é clara: se a UE for forçada ou estiver disposta a arcar com o custo, será possível substituir o gás russo já no próximo inverno sem que a atividade económica fique devastada."
A organização acredita que o maior desafio, neste momento, seria voltar a encher as reservas, algo que o bloco teria de fazer recorrendo a países parceiros, como os Estados Unidos, mas pagando um preço alto, já que os valores do gás natural têm estado a disparar nos mercados. Neste momento, custaria 70 mil milhões de euros, quando nos anos anteriores custou 10 mil milhões.
"Para estarmos preparados, teríamos de começar a encher os stocks a partir de agora. Mas os operadores comerciais podem evitar comprar gás aos preços atuais, temendo que a Gazprom possa a qualquer momento provocar o colapso dos preços inundando o mercado", afirma Georg Zachmann, um dos autores do relatório.
O estudo indica que, para sobreviver sem o gás russo, a UE teria que rever a sua legislação, tomar decisões difíceis e preparar-se para gastar muito dinheiro. O relatório surge numa altura em que a Comissão Europeia está a elaborar um plano de ação para aumentar a resiliência energética do bloco e reduzir a dependência de combustíveis fósseis importados.
Para tal, os estados-membros teriam que reduzir as suas necessidades energéticas entre 10% e 15%. E caso a empresa russa Gazprom cumpra as suas obrigações contratuais de longo termo já acordadas e continue a fornecer o bloco europeu, as reservas voltarão a ficar cheias ainda antes da estação quente, indicam os investigadores.
"A invasão da Ucrânia pela Rússia é um momento decisivo para a União Europeia, que também terá de rdesenhar o seu mapa energético", avançou Simone Tagliapietra, uma das autoras do relatório. "A nossa principal mensagem aqui é clara: se a UE for forçada ou estiver disposta a arcar com o custo, será possível substituir o gás russo já no próximo inverno sem que a atividade económica fique devastada."
A organização acredita que o maior desafio, neste momento, seria voltar a encher as reservas, algo que o bloco teria de fazer recorrendo a países parceiros, como os Estados Unidos, mas pagando um preço alto, já que os valores do gás natural têm estado a disparar nos mercados. Neste momento, custaria 70 mil milhões de euros, quando nos anos anteriores custou 10 mil milhões.
"Para estarmos preparados, teríamos de começar a encher os stocks a partir de agora. Mas os operadores comerciais podem evitar comprar gás aos preços atuais, temendo que a Gazprom possa a qualquer momento provocar o colapso dos preços inundando o mercado", afirma Georg Zachmann, um dos autores do relatório.
O estudo indica que, para sobreviver sem o gás russo, a UE teria que rever a sua legislação, tomar decisões difíceis e preparar-se para gastar muito dinheiro. O relatório surge numa altura em que a Comissão Europeia está a elaborar um plano de ação para aumentar a resiliência energética do bloco e reduzir a dependência de combustíveis fósseis importados.