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Energéticas chinesas interessadas na participação da Shell em projeto de gás na Rússia

As principais gigantes chinesas da área da energia, controladas pelo Estado, estarão em conversações com a Shell para adquirir a participação da petrolífera num projeto de exportação de gás russo, avança a Bloomberg.

Reuters
21 de Abril de 2022 às 12:24
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A Cnooc, CNPC e o grupo Sinopec estarão em conversações conjuntas para comprar a participação de 27,5% da Shell na holding do Sakhalin-2, um projeto de gás natural liquefeito. As conversas estarão a decorrer depois de a empresa europeia anunciar que iria abandonar as operações na Rússia, à semelhança de outras empresas do setor. 


A informação avançada pela Bloomberg provém de fontes anónimas, com conhecimento do assunto. As conversações estarão ainda numa fase inicial, havendo por isso a possibilidade de as companhias não conseguirem chegar a acordo. 


As fontes referem que estão em cima da empresa praticamente todas as opções: existe a margem de a participação ser vendida a apenas uma das empresas, a duas ou ainda a um consórcio composto pelas três companhias.


As mesmas fontes referem que estas empresas não serão as únicas interessadas nesta participação, havendo também conversas com potenciais compradores fora do mercado chinês. 


As ações da Shell chegaram a subir 1,27% em Londres após estas informações serem divulgadas, mas nesta altura estão a desvalorizar ligeiramente (-0,18%), para 22,04 libras. 


O facto de empresas chinesas controladas pelo Estado estarem dispostas a ficar com a presença de empresas europeias em projetos no mercado russo poderá ser visto como mais um sinal da proximidade entre Pequim e Moscovo. Até aqui, a China não tem condenado a Rússia pela invasão à Ucrânia, saindo até em defesa do país de Vladimir Putin quando surgiu a possibilidade de expulsar a Rússia da cimeira do G20. No final de março, a China disse publicamente que rejeitava esta ideia, proposta pelos Estados Unidos. 


"A Rússia é um país importante e nenhum membro tem o direito de expulsar outro país", disse na altura uma porta-voz do regime chinês. 

A Shell não é a única empresa a tentar vender participações em projetos no mercado russo. Também de acordo com a Bloomberg, a inglesa BP terá recorrido a empresas da Ásia e do Médio Oriente para tentar vender uma participação de 20% na russa Rosneft. 

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