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Europa estuda fechar porta ao carvão russo

O massacre das forças russas na cidade ucraniana de Bucha levou os governantes europeus a estudar novas sanções contra Moscovo, colocando em cima da mesa a possibilidade de banir as importações de carvão da Rússia.

O Ocidente prepara novas sanções contra a Rússia após os relatos do massacre em Bucha.
O Ocidente prepara novas sanções contra a Rússia após os relatos do massacre em Bucha. Gleb Garanich/Reuters
05 de Abril de 2022 às 21:39
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A União Europeia estará a planear uma proposta para banir as importações de carvão com origem na Rússia. A informação foi avançada pela Bloomberg, citando fontes com conhecimento do tema. Através de um gradual abandono das importações de carvão, que terá um cariz obrigatório, diz a agência, isto seria uma resposta direta aos crimes de guerra cometidos pela Rússia na Ucrânia.

Estas fontes referem que os detalhes ligados à proposta estão ainda a ser discutidos. É também expectável que Bruxelas apresente uma proposta para impedir que a maioria dos camiões e navios russos entre na união Europeia.

A informação apurada refere também que a Comissão Europeia não estará a planear mais sanções no que diz respeito a petróleo e gás, apesar da intensa pressão internacional. Isto num dia em que a empresa de gás letã Latvijas Gaze, cujo capital é detido em 34% pela russa Gazprom, e a alemã Uniper SE (que conta com uma participação de 18% da gigante russa) admitiram que estão a ponderar pagar as matérias-primas russas em rublos. Para que a proibição das importações de carvão avance é necessária a aprovação unânime do bloco europeu.

Putin responde a ameaças de mais sanções com fertilizantes

O presidente russo, por seu turno, considerou que as sanções impostas pelo Ocidente irão provocar uma crise alimentar mundial, em particular nos países mais pobres.

Vladimir Putin defendeu que “as sanções vão exacerbar a escassez de alimentos nas regiões mais pobres do globo, levar a novas vagas de migrações e agravar a escalada nos preços dos alimentos”. “Nestas condições uma falta de fertilizantes no mercado global é inevitável”, reforçou.

O Kremlin já proibiu ou limitou a exportação de fertilizantes e cereais para países considerados “hostis”, sendo que a Rússia é um dos maiores produtores mundiais, juntamente com a Ucrânia, de trigo e de fertilizantes com potássio, amónio, fosfato e nitrogénio.

Portugal expulsa 10 diplomatas O Ministério dos Negócios Estrangeiros anunciou ontem que considera “personae non gratae” 10 funcionários da Embaixada Russa. Os 10 visados têm duas semanas para abandonar o país por atividades “contrárias à segurança nacional”, referia o comunicado do ministério liderado por João Gomes Cravinho. “Nenhum destes dez elementos é diplomata de carreira”, assinala o Palácio das Necessidades.

O Governo português segue, assim, a posição tomada por diversos países europeus na sequência dos relatos sobre o massacre na cidade de Bucha, perto da capital ucraniana. Espanha anunciou ontem a expulsão de 25 membros da representação diplomática russa no país vizinho, à semelhança do que já tinham feito a Alemanha, Dinamarca, Estónia, França, Itália, Letónia, Roménia e Suécia, entre outros. O Kremlin, por seu turno, convocou os embaixadores dos países que decidiram expulsar os seus diplomatas.

 



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