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Empresas e indústrias com desconto médio de 27% na fatura do gás em 2023

De acordo com o ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, esta redução corresponde a um preço do gás natural de cerca de 14,5 euros por MWh, face aos 54,5 euros/MWh sem este desconto.

António Pedro Santos / Lusa
08 de Março de 2023 às 12:39
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Num balanço dos programas do Governo de apoio aos preços da energia, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, anunciou esta quarta-feira no Parlamento que a criação de um regime de estabilização do preço do gás para empresas e indústrias, com consumos superiores a 10.000 m3, já se traduziu em 2023 num desconto médio de 27%.

Esta redução corresponde a um preço do gás natural de cerca de 14,5 euros por MWh, face aos 54,5 euros/MWh sem este desconto.

"O preço do gás felizmente está mais baixo, mas a medida implementada permitiu baixar ainda mais os preços para os 40 euros por MWh e todos beneficiaram na fatura do mês de fevereiro", disse o ministro. 

Já para as famílias, o governante disse que o regresso ao mercado regulado do gás já permitiu poupanças até 65% face aos preços do mercado liberalizado.

Quanto ao mecanismo ibérico em vigor desde junho de 2022, que impõe um travão ao preço do gás natural usado para produzir energia elétrica, Duarte Cordeiro garantiu que esta medida (que Portugal e Espanha querem prolongar além de maio de 2023) já se estraduziu-se até ao dia 31 de janeiro de 2023 num "benefício de 570 milhões de euros, permitindo uma redução do preço de mercado de 43,78 euros por MWh", anunciou o ministro no Parlamento. 

Numa audição regimental na Comissão de Ambiente e Energia, o governante frisou também que os preços da energia em 2023 "estão a puxar a inflação para baixo" em Portugal, citando a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) para fevereiro, de acordo com a qual a inflação nos produtos energéticos foi de 1,96%, "sendo a evolução destes preços um dos catalisadores da redução da inflação que se verifica pelo quarto mês consecutivo". 

O balanço feito pelo ministro abrangeu também as energias renováveis: em 2021 entraram em funcionamento centrais solares que representam 700 megawatts de potência; e em 2022 foi quebrada a barreira dos 2 GW já instalados e entraram em funcionamento mais cerca de 1,2 GW.
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