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Efacec ganha novo contrato de energia solar no Chile
A empresa portuguesa superou as propostas apresentadas por sete concorrentes para construir e começar a operar até ao final deste ano uma infra-estrutura com 20 hectares localizada a sul da capital chilena.
A Efacec acaba de ganhar um contrato para a construção e operação de uma central solar no Chile, que reforça o posicionamento da empresa portuguesa no mercado das energias renováveis neste país da América Latina, onde passará a contar com uma potência instalada de quase 70 MW.
Sem detalhar o valor deste contrato, que inclui o fornecimento de serviços de engenharia, design, "procurement", construção, comissionamento e garantia de máquinas e equipamentos eléctricos, a companhia liderada por Ângelo Ramalho indica que a nova infra-estrutura deve entrar em operação até ao final de 2018 com uma capacidade de produção anual superior a 26 GWh.
O parque solar La Blanquina vai ocupar uma área de cerca de 20 hectares e produzir o equivalente à energia consumida anualmente por mais de nove mil lares daquele país. Ficará localizado 80 quilómetros a sul da capital Santiago, na região de O’Higgins, juntando-se assim ao projecto fotovoltaico de 24,8 MWp (mais do dobro da potência face ao agora conquistado) em que participou no deserto de Atacama.
Controlada pela empresária angolana Isabel dos Santos, através da sociedade Winterfell, a Efacec levou a melhor sobre sete empresas neste concurso promovido pela D’E Capital, que apresenta em comunicado de imprensa como "um dos investidores privados mais experientes no mercado eléctrico chileno", com projectos que totalizam mais de 2.500 MW.
Esta adjudicação surge ainda poucas semanas após o anúncio, a 4 de Junho, da escolha da Efacec por parte da Exus Management Partners para a implementação dos dois primeiros parques solares do país em regime de mercado livre. Ocupando uma área combinada de cerca de 70 hectares, estas infra-estruturas em Santiago do Cacém e Castelo de Vide vão ter uma capacidade de produção de mais de 70GWh por ano.
De volta aos lucros e à "corrente" americana
Com sede em Leça do Balio e assegurando perto de 2.300 postos de trabalho, a Efacec fechou 2017 com lucros de 7,5 milhões de euros, mais 3,2 milhões do que no período homólogo. Um exercício que consolidou o regresso da empresa nortenha a terreno positivo, alcançado em 2016 depois de três anos marcados por fortes prejuízos, com uma facturação a rondar os 432 milhões de euros.
Com presença espalhada pela Europa, Estados Unidos da América, América Latina, Ásia, Médio Oriente, Magrebe e África do Sul, o grupo actua na geração, distribuição e transmissão de energia; design, engenharia, construção e manutenção de sistemas integrados (EPC) para os sectores da energia, ambiente, indústria e transportes; e desenvolvimento e comercialização de soluções de mobilidade eléctrica.
Dois meses depois de ter inaugurado, em Fevereiro, uma nova unidade de mobilidade eléctrica, que representou um investimento de 2,5 milhões de euros para aumentar a capacidade anual de produção de carregadores, a Efacec acabou por ser escolhida pela Electrify America para integrar o grupo de fornecedores de equipamentos de carregamento ultra-rápido para veículos eléctricos.