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Trabalhadores acusam Efacec de "despedimentos encapotados". Empresa diz que acusações são "totalmente falsas"

Os trabalhadores da Efacec cumprem na sexta-feira uma greve contra o que consideram ser "despedimentos encapotados" no grupo. A Efacec diz que as afirmações dos Órgãos Representativos dos Trabalhadores (ORT) são "totalmente falsas".

22 de Março de 2018 às 19:00
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De acordo com Miguel Moreira, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (Site-Norte), em causa estão as "contínuas listas criadas para dispensar trabalhadores", a últimas das quais "lançada em 15 de Março com mais 49 nomes".

 

"Os trabalhadores não entendem a posição da empresa que, por um lado, vai para a comunicação social apresentar-se como empregadora de referência e, por outro lado, cria listas e exerce acções persecutórias sobre quem não aceita o plano de 'rescisões', que não é mais do que um despedimento 'encapotado'", sustentam as organizações representativas dos trabalhadores da Efacec.

 

Já a empresa realça que, "enquanto grupo, é indiscutivelmente um recrutador de referência em Portugal, hoje e nos próximos anos. Um grupo com 2.538 trabalhadores. [...] Está em curso o programa '700 Recruta mais', o objectivo é recrutar, até 2020, 700 profissionais relacionados com as novas tendências, como a mobilidade eléctrica e automação, unidades de negócio da Efacec em crescimento. [...] Nos dois primeiros meses de 2018, o grupo já recrutou 85 colaboradores. Dito isto, são totalmente falsas as afirmações proferidas pelos ORT", disse, em comunicado, a empresa.  

 

Denunciando a existência na empresa de "graves problemas do ponto de vista da defesa dos postos de trabalho e dos direitos dos trabalhadores", estes afirmam-se preocupados "quanto ao futuro da empresa, que se posiciona como estratégica para a economia nacional".

 

Por sua vez, o grupo diz que está a ajustar a sua produção apenas na área dos transformadores de potência, alegando uma quebra de 45% nas encomendas na unidade, nos últimos anos.

 

"Por essa razão, a empresa, como socialmente responsável e na tentativa de preservação do número máximo de postos de trabalho, está em diálogo com 49 colaboradores para encontrar soluções alternativas que, de acordo com o perfil e interesse de cada um, que poderão passar por soluções de mobilidade interna para outra área da Efacec Energia [...], para outras empresas/unidades de negócio do grupo [...] e por um programa de rescisão por mútuo acordo para as situações em que a mobilidade interna não se afigure possível ou não exista interesse por parte do colaborador", indicou a Efacec. 

 

A empresa garante ainda que o processo tem decorrido com "toda a normalidade" e acrescenta que está "confiante" de que é possível, através do diálogo, "chegar a um entendimento generalizado".

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