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Britânicos de olho em Portugal para nova tecnologia de energia eólica

O consórcio Kite Power Solutions aponta a costa portuguesa como "ideal" para a instalação da sua tecnologia. Os contactos com potenciais parceiros portugueses já começaram, garante.

© Kite Power Solutions Ltd 2015
24 de Fevereiro de 2016 às 16:26
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O consórcio britânico Kite Power Solutions (KPS) está em contactos iniciais com potenciais parceiros portugueses para uma possível instalação ao largo da costa nacional de uma nova tecnologia de geração de energia eólica.


As conversações foram confirmadas ao Negócios por David Ainsworth, director de desenvolvimento de negócio da KPS, que considera a costa portuguesa "ideal" para a instalação do sistema, mas não adianta quais as entidades em causa para não "perturbar o processo em curso".


A tecnologia desenvolvida pelo consórcio consiste na colocação, em zonas profundas ao largo da costa (mais de 40 metros), de plataformas flutuantes a que são presos dois dispositivos semelhantes a estruturas de parapente. A oscilação destes dispositivos por efeito do vento alimenta o funcionamento de pequenas turbinas, onde por sua vez se gera a electricidade.


"Actualmente não há parceiros portugueses envolvidos, mas gostaríamos muito de poder trabalhar com uma entidade em Portugal. O local ideal para a nossa tecnologia é o alto mar, por exemplo em toda a costa Atlântica onde há excelentes condições de vento. (…) A costa Atlântica de Portugal é ideal", afirma aquele responsável.


Entre as vantagens apontadas pelo consórcio está o menor custo de implantação (que é reduzido a metade face às turbinas eólicas "offshore" convencionais) e de manutenção. Além disso, garante a KPS, estes sistemas dispensam a subsidiação pública para o seu desenvolvimento, ao contrário do que acontece com a generalidade das eólicas.


A tecnologia está a ser desenvolvida desde 2011 e a KPS tem actualmente um sistema com 40kW de capacidade instalada a funcionar de forma automática, prevendo ter um módulo com 500 kW a trabalhar no final deste ano. A empresa espera a partir de 2019 ou 2020 fornecer sistemas desta potência a produtores e evoluir depois, a partir de 2022, para sistemas com 3MW.


O fabrico de um sistema de demonstração pré-comercial, com 15MW de potência e cinco módulos, pressupõe um investimento de 22 milhões de euros e poderá acontecer em 2021, estima a KPS.


Além de Portugal, Japão, Estados Unidos e Reino Unido são locais considerados adequados para a instalação da tecnologia.


O consórcio KPS envolve seis parceiros ingleses e escoceses - a BVG Associates, a Artemis Intelligent Power, o Imperial College, o The National Composites Centre, a Keynvor Morlift e a Banks Sails – e recebeu esta semana um apoio do Governo britânico no valor de um milhão de libras (1,26 milhões de euros) para o desenvolvimento da tecnologia ao longo de dois anos.

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