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Fundo Juncker tem capacidade para financiar energias renováveis
Um quarto do programa europeu destina-se a projectos de centrais eólicas e solares, mas também investimentos mais avultados, como as centrais eólicas offshore.
Os projectos de energia limpa na União Europeia vão contar com o apoio comunitário nos próximos anos. O Fundo Juncker tem as portas abertas para projectos de renováveis e com o objectivo de combater as alterações climáticas.
"As garantias abrem a porta do financiamento a vários projectos", disse o vice-presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), Ambroise Fayolle, em entrevista à Bloomberg esta sexta-feira, 18 de Setembro.
O BEI vai ser o responsável pelo Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE) que vai gerir cinco mil milhões de euros de fundos próprios e por providenciar garantias bancárias de 16 mil milhões de euros.
Pelo menos um quarto dos projectos aprovados no âmbito do Plano Juncker tem de estar relacionados com as energias renováveis e o combate às alterações climáticas, como a redução das emissões de gases de estufa.
O responsável do BEI estima que o financiamento de centrais eólicas e solar seja aprovado ao ritmo de um projecto por mês nos próximos três anos.
Uma das áreas de produção energética que vai ganhar mais com estes fundos são as centrais eólicas offshore. Estes projectos são, regra geral, mais caros pois envolvem construir na água, colocar cabos submarinos, transportar e colocar as turbinas no mar, e implicam uma manutenção mais dispendiosa do que as centrais onshore.
Desde a sua entrada em vigor em Março que o fundo já aprovou 15 projectos apoiados por 1,8 mil milhões de euros de fundos privados e oito mil milhões de fundos públicos.
Na teoria, o Plano Juncker tem 315 mil milhões de euros para atribuir nos próximos três anos. Com 21 mil milhões nos bolsos, a Comissão Europeu e o BEI prevêm um efeito multiplicador de 1:15. Isto é, por cada euro mobilizado através do fundo, Bruxelas e Frankfurt esperam que sejam gerados 15 euros de investimentos total, com os privados a contribuirem com a maior fatia.