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Juncker: "Estamos a tirar Portugal da sombra"

O presidente da Comissão Europeia sublinhou os progressos feitos no reforço das interligações energéticas entre a Península Ibérica e França. Ao mesmo tempo, também fez um balanço do Plano Juncker que já injectou 42 milhões de euros em Portugal.

Reuters
15 de Janeiro de 2016 às 19:40
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Portugal está finalmente a sair do isolamento energético com a construção das interligações energéticas entre a Peninsula Ibérica e França. Este progresso foi sublinhado pelo presidente da Comissão Europeia no discurso de Ano Novo, proferido esta sexta-feira, 15 de Janeiro.

"Estamos já a efectuar as interconexões energéticas entre os países bálticos e a Polónia, entre a Estónia e a Finlândia, e entre França, Portugal e  Espanha", começou por dizer Jean-Claude Juncker. "De facto, estamos a tirar a Península Ibérica da sombra energética na qual estava obrigada a viver", reforçou.

O reforço das interligações energéticas europeias foi consolidado no início deste ano com a criação da União da Energia. Um dos objectivos principais desta estratégia é o reforço da segurança energética na União Europeia, ao procurar diversificar as fontes de abastecimento. A necessidade de reforçar as interligações na Europa tornou-se mais urgente em 2014 devido à tensão entre Kiev e Moscovo no Leste da Ucrânia.

Foi em Março de 2015, que Portugal, Espanha e França chegaram a acordo para que a Península Ibérica deixe de ser uma "ilha" energética. As metas europeias prevêem que a Ibéria reforce as interligações para um total de 10% da capacidade instalada até 2020 e de 15% até 2030.


Bruxelas libertou em Julho 500 mil euros para a REN financiar estudos de engenharia com o objectivo de desenvolver a terceira interligação de gás natural entre Portugal e Espanha.

No seu primeiro grande discurso de 2016, o presidente da Comissão Europeia fez também um balanço do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos, mais conhecido por Plano Juncker.

"Disseram que o plano não iria funcionar, que os governos não gostariam dele e que o sector privado não iria acreditar nele", disse primeiro. "Mas, nos primeiros três meses, já foram mobilizados 50 mil milhões de euros em 22 Estados-Membros. E 81 mil pequenas e médias empresas já beneficiam dele".

Olhando para os dados de Portugal, até ao momento já foram celebrados acordos com três bancos portugueses, 590 pequenas e médias empresas e start-ups, com o financiamento a ascender aos 42 milhões de euros, estando previsto que venha a gerar 588 milhões.

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