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Zeinal terá jurado que não sabia do investimento da PT na Rioforte

Dois accionistas de referência da Oi reuniram-se com Zeinal Bava para saberem se o ex-presidente da PT sabia do investimento da operadora na Rioforte. O responsável terá jurado que não sabia, de acordo com a revista brasileira Veja.

Miguel Baltazar/Negócios
Negócios 09 de Julho de 2014 às 16:19
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La Fonte e Andrade Gutierrez, dois accionistas de referência da Oi, pediram para se reunir com o presidente executivo da operadora brasileira. O objectivo era o de perceber se Zeinal Bava sabia do investimento de quase 900 milhões de euros da Portugal Telecom em papel comercial da Rioforte.

 

Segundo a revista Veja, Zeinal jurou que não sabia, apesar de ter admitido que tinha conhecimento de um investimento de 200 milhões de euros da PT na Rioforte.

 

Em causa está o investimento que a PT fez em papel comercial da Rioforte no montante de 900 milhões de euros, aplicação que vence na sua maioria a 15 de Julho e que pode estar em risco. A compra de papel comercial da Rioforte por parte da PT foi conhecida no dia 26 de Junho.

 

Gestão da PT alvo de fortes críticas

 

As críticas a este investimento na Rioforte têm aumentado de tom, tendo inclusivamente o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) criticado abertamente a gestão da PT.

 

O BNDES diz considerar "as operações inconsistentes com padrões mínimos de boa governança corporativa". Tal como a própria Oi já tinha feito, o BNDES garante ter pedido mais informações "detalhadas" sobre a aplicação feita pela PT. O banco de fomento brasileiro é dos principais accionistas da Telemar e é um dos braços públicos no capital da operadora brasileira. O BNDES garante que a sua única preocupação é "a preservação dos interesses dos accionistas da Oi", não dizendo se tomará mais medidas em relação a este processo. Aproveita, no entanto, para renovar "a sua confiança na actual gestão da companhia", liderada por Zeinal Bava.

 

Os receios dos investidores aumentaram depois de ter sido conhecido que alguns clientes do Banque Privée Espírito Santo, que gere fortunas e é controlado pelo Espírito Santo Financial Group, estão confrontados com oatraso no reembolso das aplicações que fizeram em papel comercial da Espírito Santo International (ESI), "holding" de topo do Grupo Espírito Santo (GES) que está em situação de falência técnica. Um atraso que fonte da instituição atribui ao facto de a ES International ainda estar a ultimar o plano de reestruturação da dívida desta sociedade e que, de acordo com o mesmo responsável, passará por um alongamento dos prazos de reembolso.

 

Alguns clientes do Banque Privée Espírito Santo estão mesmo a começar a organizar-se para avançarem em conjunto com queixas contra a instituição e a ESI.

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