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Twitter bloqueia conta de Trump e ameaça bani-lo para sempre

A rede social Twitter bloqueou a conta de Doald Trump, exigiu-lhe que retire as mensagens que desculpam a violência e ameaçou bani-lo para sempre.

Donald Trump autoproclamou-se vencedor na noite eleitoral e durante o dia seguinte foi escrevendo tweets questionando a contagem de votos.
Chris Kleponis/EPA
07 de Janeiro de 2021 às 07:11
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Esta foi a primeira vez que a Twitter tomou uma decisão destas em relação a Trump, a quem ameaçou com uma "suspensão permanente".

Antes fora o Facebook a remover um vídeo de Trump em que este recomendava aos seus apoiantes que atacaram o Congresso na quarta-feira para irem para casa, repetindo as falsas acusações à integridade da eleição presidencial.

O YouTube também disse que tinha removido o vídeo, por espalhar falsidades sobre uma fraude eleitoral generalizada.

O vice-presidente da Facebook para a Integridade, Guy Rosen, escreveu quarta-feira na rede social Twitter que o vídeo foi removido porque "aumenta, mais do que diminui, o risco de violência".

Na altura, a Twitter tinha mantido o acesso ao vídeo, mas impedia que fosse redistribuído ou comentado.

"Esta é uma situação de emergência e estamos a tomar as medidas de emergência adequadas, incluindo remover o vídeo do presidente Trump", disse Rosen na Twitter.

O vídeo foi distribuído mais de duas horas depois de os apoiantes de Trump terem atacado o Capitólio em Washington, quando os congressistas estavam reunidos para confirmar os resultados do Colégio Eleitoral e a vitória do presidente eleito, Joe Biden.

No vídeo, Trump começa por dizer" "Conhecemos a vossa dor. Eu conheço a vossa ferida. Mas têm de ir para casa".

Classificou também os seus apoiantes como "muito especiais".

Apoiantes do Presidente cessante dos EUA, Donald Trump, entraram em confronto com as autoridades e invadiram o Capitólio, em Washington, na quarta-feira, enquanto os membros do congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de novembro.

A sessão de ratificação dos votos das eleições presidenciais dos EUA foi interrompida devido aos distúrbios provocados pelos manifestantes pró-Trump no Capitólio, e as autoridades de Washington D.C. decretaram o recolher obrigatório entre as 18:00 e as 06:00 locais (entre as 23:00 e as 11:00 em Lisboa).

A polícia usou armas de fogo para proteger congressistas e pelo menos uma mulher morreu no interior do Capitólio depois de ter sido baleada, segundo fontes citadas pela Associated Press. A polícia está a investigar o incidente, mas não adiantou as circunstâncias do disparo.

Quatro horas após o início dos incidentes, as autoridades declaram que o edifício do Capitólio estava em segurança.

O Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que os violentos protestos ocorridos no Capitólio foram "um ataque sem precedentes à democracia" do país e instou Donald Trump a pôr fim à violência.

Pouco depois, Trump pediu aos seus apoiantes e manifestantes que invadiram o Capitólio para irem "para casa pacificamente", mas repetindo a mensagem de que as eleições presidenciais foram fraudulentas.

O governo português condenou os incidentes, à semelhança da Comissão Europeia, do secretário-geral da NATO e dos governos de vários outros países.
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